O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou buscas em dez endereços de alvos do inquérito que apura supostas fakes news contra seus colegas da Corte. Nesta terça-feira (16), a Polícia Federal está vasculhando oito locais.
Um dos alvos de buscas é o general da reserva Paulo Chagas, 69 anos. A investigação suspeita que mensagens publicadas pelo militar estariam difundindo crimes contra a honra dos ministros e pedindo o fechamento do STF.
Chagas é presidente do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), organização de militares da reserva criada para se contrapor ao grupo Tortura Nunca Mais, que denuncia violações como tortura e prisões ocorridas no período militar.
Em 2018, o general concorreu na eleição para governador do Distrito Federal pelo PRP. Apoiado pelo então candidato Jair Bolsonaro, recebeu 111 mil votos, 7,4% dos votos válidos.
Pelo Twitter, o general ironizou o mandado de busca e apreensão. "Caros amigos, acabo de ser honrado com a visita da Polícia Federal em minha residência, com mandato de busca e apreensão expedido por ninguém menos do que ministro Alexandre de Moraes", afirmou. "Quanta honra! Lamentei estar fora de Brasília e não poder recebê-los pessoalmente", completou.
Em março, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, mandou abrir um inquérito contra "notícias fraudulentas fake news, denunciações caluniosas, ameaças e infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi, que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e familiares, extrapolando a liberdade de expressão".
Nesta segunda (15), a pedido de Toffoli, Alexandre de Moraes censurou reportagem publicada na revista "Crusoé" e no site "O Antagonista". A matéria, intitulada "O amigo do amigo de meu pai", abordava a citação de Toffoli na delação premiada do empreiteiro Marcelo Odebrecht à Operação Lava Jato.
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