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Testes com beagle: homem fantasiado
Em audiência pública na Câmara sobre testes com beagle, um deputado considerou a ausência da Anvisa uma afronta e colocou um homem fantasiado de cachorro para participar.| Foto: Will Shutter / Agência Câmara

Uma audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara nesta terça-feira (11) sobre testes com beagle - raça de cães utilizada para testar medicamentos por algumas empresas - teve um momento inusitado.

Convidada a participar, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não compareceu. Deputado autor do requerimento da audiência, Fred Costa (Patriota-MG) considerou a ausência uma afronta e colocou uma pessoa vestida de cachorro no lugar que seria ocupada pela Anvisa, segundo informações da Agência Câmara.

Testes com beagle: cães usados para testar fungicida

Um dos motivos do convite foi a denúncia de que, em março, testes com beagle foram realizados pela empresa Down Agro Sciences, na produção de um fungicida que seria vendido no Brasil. A companhia teria alegado que atende a exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Contatada pela Agência Câmara, a Anvisa teria informado que não foi avisada sobre os experimentos, que são de responsabilidade da empresa e que há uma norma (RDC 35/2015) que priorizaria a substituição de testes com animais por outros métodos.

"Quando era deputado estadual, proibi a utilização de animais em experimentos na indústria de cosméticos. Aqui, na Câmara dos Deputados, tem algumas propostas tramitando neste sentido. Podemos compilar e fazer um texto que não prejudique em hipótese alguma a vida do ser humano, mas que garanta o bem-estar animal, a não exploração do animal em experimentos e testes", defendeu o deputado do Patriota.

Devido à ausência, o parlamentar pediu à Comissão do Meio Ambiente uma convocação, e não um convite. No debate, ativistas pelos direitos dos animais pediram o fim dos testes com beagle e também com outros animais para avaliar medicamentos, cosméticos e agrotóxicos. Eles alegam haver alternativas aos experimentos. Leia a matéria da Agência Câmara.

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