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Avião da Azul no hangar aguardando decolagem para buscar vacinas na Índia| Foto: Divulgação/Ministério da Saúde

A negativa do governo da Índia em enviar imediatamente doses da vacina da AstraZeneca/Oxford frustrou os planos do governo federal. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou sobre a decisão do governo indiano em atrasar a entrega no programa de José Luiz Datena, na TV Band. Com isso, o voo que sairia do Brasil no domingo para buscar as vacinas foi cancelado. Além disso, a União requisitou mais 6 milhões de doses da Coronavac ao Instituto Butantan.

A Folha de S. Paulo relatou que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ligou para o chanceler da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, fazendo um apelo para a liberação de 2 milhões de doses produzidas no país. Seria um adiantamento do imunizante que será produzido pela Fiocruz. Mas o chanceler indiano informou que a situação seria resolvida "nos próximos dias", sem sinalizar um prazo.

Em razão dessa negativa, o avião fretado pelo governo federal permanecerá em Recife, até a resolução do impasse. "Daqui a dois, três dias no máximo o nosso avião vai partir e vai trazer essas 2 milhões de doses", estimou o presidente Bolsonaro na entrevista à Band.

Coube ao Ministério da Saúde, na tarde desta sexta-feira (15), encaminhar um ofício ao Butantan solicitando que todas as 6 milhões de doses da Coronavac que já estão prontas sejam disponibilizadas imediatamente ao governo federal.

“Solicitamos os bons préstimos para disponibilizar a entrega imediata das 6 milhões de doses importadas e que foram objeto do pedido de autorização de uso emergencial perante a Anvisa”, diz um trecho do ofício assinado pelo diretor do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde e obtido pela Jovem Pan.

Butantan disponibilizará doses

O Instituto Butantan informou que entregará a totalidade de doses de vacinas requeridas pelo governo federal assim que receber autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Inicialmente, o Butantan havia confirmado o recebimento do ofício do Ministério da Saúde com o pedido de entrega "imediata" das 6 milhões de doses da Coronavac, e informou que questionou a pasta nesta sexta-feira (15), sobre a quantidade de doses do imunizante que será destinada ao Estado de São Paulo.

De acordo com nota enviada pelo Instituto, "é praxe que uma parte das doses permaneça em São Paulo, o Estado mais populoso do Brasil". Segundo o Butantan, ele agora aguarda manifestação do Ministério também em relação às doses da vacina.

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta tarde que cerca de 4,5 milhões de doses da Coronavac - vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica Sinovac - seriam encaminhadas para o Ministério para que fossem incorporadas ao Plano Nacional de Imunização (PNI) do governo federal, enquanto que o restante, 1,5 milhão de doses, ficariam no Estado para aplicação.

Sem vacina, mas com data

Nesta semana, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, fixou a data de 20 de janeiro para o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Em reunião com prefeitos nesta quinta-feira (14), o ministro disse que a imunização começaria nesta data se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar o uso emergencial de imunizantes. Essa decisão deve ocorrer no domingo (17).

No encontro, o ministro voltou a dizer que 8 milhões de doses de vacinas devem estar disponíveis em janeiro, sendo 2 milhões da Oxford/AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz, e 6 milhões da Coronavac, desenvolvida pela Sinovac e o Instituto Butantan.

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