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A esquerda “descolada” quer paz com a esquerda radical
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A esquerda "descolada" quer paz com a esquerda radical. Esquerda Nutella e "raiz" devem ficar juntas, herbívoros e carnívoros unidos, pois o inimigo está "do outro lado". É o que podemos extrair da postagem de Luciano Huck em apoio ao artigo de Tabata Amaral na Folha:

É bom registrar: essa turma "limpinha" prefere dar a mão ao PT para atacar Bolsonaro. E por isso mesmo não é opção a nada. Leandro Ruschel apontou a hipocrisia da coisa:

Isso que eu chamo de dupla hipocrisia. O sujeito que defende o cancelamento de conservadores, parabenizando texto da deputada esquerdista que foi autora de projeto de censura na web, onde ela reclama da cultura do cancelamento de outros esquerdistas contra ela.

A sensação que fica é a de que o "cancelamento" deve ser apenas da direita, enquanto os esquerdistas, desde os mais jurássicos até os mais "moderninhos", precisam encontrar um denominador comum e parar de brigar entre si. Não são princípios que movem esse pessoal; só o projeto de poder.

Por isso a manifestação a favor da Lava-Jato neste domingo foi pouco convincente. A operação merece apoio sim, mas a passeata virou campanha antecipada para uma "terceira via" com perfil tucano. "Em um País que se divide entre apoiar a rachadinha ou o Petrolão, nós escolhemos ficar do lado do Brasil. Somos uma terceira via", afirmou no carro de som do evento em São Paulo um dos manifestantes.

É preciso tomar cuidado com esse discurso típico de "isentão", que oferece uma terceira via contra os "extremos" nessa polarização política. Nem rachadinha nem Petrolão?! Como se ambas as coisas fossem sinônimo, equivalentes?

A suposta rachadinha teria ocorrido no gabinete de Flavio Bolsonaro quando este era deputado. Se for comprovada, é um crime e deve ser punido, ainda que se trate de algo bastante comum na política nacional. Já o mensalão e o petrolão foram esquemas gigantescos não só de desvio de recurso público, mas para um projeto totalitário de poder.

O Brasil poderia ser hoje uma Venezuela se o PT não tivesse sido enxotado do governo pelo impeachment de Dilma. Comparar isso ao governo Bolsonaro, até aqui sem qualquer escândalo de corrupção, é pura má-fé, portanto.

Mas parte da imprensa não desiste. Vejam, por exemplo, a chamada que o site antibolsonarista O Antagonista deu ao discurso do presidente nesse 7 de setembro:

Agora vejam o trecho do discurso que fala desse período:

"Nos anos 60, quando a sombra do comunismo nos ameaçou, milhões de brasileiros, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, foram às ruas contra um país tomado pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada. O sangue dos brasileiros sempre foi derramado por liberdade. Vencemos ontem, estamos vencendo hoje e venceremos sempre."

Enquanto os "moretes" tratarem Bolsonaro e Lula como equivalentes, não terão qualquer chance de vitória como "terceira via". Historicamente falando, os "progressistas" nunca foram alternativa concreta ao esquerdismo radical, pois quando a situação aperta, eles sempre caem no colo do "capeta", sempre preferiram socialistas a conservadores. O povo brasileiro cansou dos tucanos...

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