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A hipocrisia da esquerda “democrata” e “pacifista”
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As cenas da invasão ao Capitólio nesta quarta foram lamentáveis, preocupantes e tristes. Os apoiadores de Trump têm todo direito de estarem indignados, há indícios de fraudes eleitorais e o jogo foi sujo, a começar pelo papel da mídia. Mas nada justifica invadir o Congresso e intimidar parlamentares. Essa "ucranização" desgasta ainda mais as instituições, por mais compreensível que seja a revolta popular.

Antes dessa invasão, porém, as cenas em Washington eram inspiradoras, de resistência pacífica, de alerta sobre os limites do poder do establishment. As ruas estavam tomadas por gente cansada de manipulação midiática, demonstrando que imprensa e democratas não podem tudo, pois nem todos são trouxas. A coisa degringolou no final, e forneceu o pretexto perfeito para os cínicos de sempre. E que show de cinismo!

Vimos vários conservadores e republicanos condenando a invasão do Capitólio, algo que nunca vimos na esquerda sobre black blocs, Antifa ou Black Lives Matter. Foi um bom dia para catalogar hipócritas: todos que estão externando seu horror aos acontecimentos em Washington, usando palavras como "terrorismo doméstico", "fascistas" e "antidemocráticos", mas que se calaram quando Antifa e BLM tocavam o terror no país, incendiando cidades, são canalhas.

E por falar em hipócritas e canalhas... Marcelo Freixo foi um dos que aproveitaram o momento para destilar hipocrisia. O partido do sujeito defende o ditador venezuelano, aplaude invasores comunistas, e agora manda essa, exigindo a prisão de Trump. Vamos prender quem convoca manifestação que acaba em desrespeito à lei e à ordem agora, é? Opa, gostei disso. Podemos aplicar geral?

Faltava o cínico-mor, o mais mentiroso de todos, o canalha dos canalhas, o bandido defensor de tiranos comunistas. Óbvio que Lula não ficaria de fora dessa malandragem tosca:

A esquerda é fofa, pacífica e democrática. Por isso Caetano Veloso, um de seus símbolos, defende professor stalinista e apoiava com essa imagem patética abaixo os black blocs. E jornalistas "sérios" e "liberais", como Pedro Doria, querem chama-lo para o debate civilizado, até mesmo para uma... união!

Mas por que ficar nos plagiadores brasileiros? Vamos direto ao ponto, na origem da podridão, no mais destacado aluno do Foro de São Paulo:

O jornalista Leonardo Coutinho, que vem esmiuçando os podres venezuelanos, desabafou: "Os absurdos de hoje servem de pretexto para o chanceler de um cartel de drogas brincar de democrata. Tiempos brutos". Flávio Gordon ironizou: "Os democratas do mundo estão se unindo em defesa da democracia americana. Aguardemos ainda a declaração de Xi-Jinping. É lindo!" E a mídia dando destaque, como se fosse algo sério:

Mas além da extrema esquerda latino-americana, os "democratas" e ministros do Supremo também tiraram casquinha da situação. Estavam todos assanhados, querendo usar o caso para avançar algumas casas extras no controle social em nosso país.

Rodrigo Maia é um estadista defensor do diálogo e da democracia, por isso está horrorizado com os apoiadores de Trump, e por isso está fechado com o PT na disputa do comando da Câmara, o PT, que defende Maduro e sua ditadura opressora na Venezuela. Tem mais:

Os exemplos abundam. Todos "chocados" com o ocorrido e concluindo que é preciso apertar o cerco contra "fascistas", sendo que nenhum deles demonstrava qualquer preocupação com terroristas da Antifa e marxistas revolucionários do Black Lives Matter espalhando o caos e o terror pelo país.

São "democratas" de ocasião, com viés, duplo padrão e seletividade. Condenam invasões e violência, desde que associadas à direita. A esquerda pode tudo, tem salvo-conduto, pois é "do bem", luta "contra" o fascismo. Foi Barroso quem disse que antifascista no nome significa antifascista no ato, o que é uma piada de mau gosto.

João Amoedo, do Novo, para não perder o bonde da lacração, aproveitou também para denunciar o suposto método trumpista, numa clara associação ao bolsonarismo:

O problema é que ele está descrevendo exatamente o que a esquerda democrata vem fazendo faz tempo, e que piorou muito com Obama. Vamos lembrar que quem quer que criticasse a gestão medíocre de Obama era logo rotulado de racista, para impedir o debate e blindar o presidente. A mídia trata todo eleitor de Trump como deplorável, idiota ou fascista. Quem segregou o país? Quem dividiu todos? E quem enfraqueceu as instituições? Sobre a perda de confiança no sistema eleitoral, desnecessário até comentar, já que nunca antes na história deste país houve tanto voto por correio, suspeito, fazendo do apático Joe Biden alguém teoricamente mais popular do que Obama e Trump juntos!

Enquanto Trump condenava atos violentos e pedia paz, o Twitter achou adequado censurar o presidente dos Estados Unidos.

Não é uma plataforma neutra; é um veículo de comunicação, um publisher que filtra conteúdo de acordo com sua visão ideológica de mundo. O presidente dos EUA só pode postar aquilo que os censores do Twitter considerarem adequado. Pergunta retórica: todo aquele que defender Antifa e BLM ou manifestações que acabem com confusão e desrespeito à lei e a ordem vai sofrer a mesma punição ou só o Trump? Não obstante, vimos jornalistas aplaudindo, como a "respeitada" Miriam Leitão, do Globo:

Esses "progressistas" se acham detentores da Razão, falam em nome da "ciência", e enxergam em seus oponentes um bando de bárbaros e fascistas. Diante desse quadro, o que é uma censurazinha básica, não é mesmo? Eis o real perigo: a esquerda, convencida de que luta para impedir um fascismo real, não se importa de lançar mão dos métodos fascistas nessa batalha. E com isso enfraquece as instituições democráticas e asfixia a liberdade.

Quem está feliz hoje é todo inimigo da América e o que ela simboliza para o mundo. E a mídia é cúmplice com seu duplo padrão: fala em antidemocráticos agora, mas se calou diante de Antifas e BLM incendiando o país. E fingiu que a eleição foi absolutamente normal, desqualificando quem ousasse desconfiar de algo claramente suspeito. Quem planta vento colhe tempestade.

Quem não acha normal ou aceitável tacar fogo nas cidades e pregar fim da polícia, dezenas de milhões de votos suspeitos por correios com a mídia tratando isso como algo trivial, e a invasão do Capitólio, precisa se unir para salvar a América dos radicais e seus cúmplices "isentões".

Sim, pois houve uma vítima fatal nessa invasão, e a imprensa está ignorando, tratando-a como uma "terrorista". Leandro Ruschel resumiu bem: "O erro da Ashli Babbitt, veterana da Força Aérea morta na invasão do Capitólio, ontem, foi acreditar que tinha os mesmos direitos dos Antifas e Black Lives Matter. Se fosse esquerdista, estaria sendo tratada como heroína e vítima. Como não é, virou terrorista".

O discurso do senador republicano Mitch McConnell após a volta dos trabalhos no Capitólio foi uma defesa das instituições, apesar do que fez a oposição com apoio da mídia. A hipocrisia da esquerda é asquerosa, mas se a direita virar o mesmo monstro, acabou, perdemos. Que venha agora a vigilância! Mas sem dar qualquer moleza para esses hipócritas da imprensa e os "isentões" da política...

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