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Não é de hoje que vemos uma crescente politização da ciência. Basta pensar no IPCC e seus estudos sobre o "aquecimento global", por exemplo. Mas com a pandemia do vírus chinês, a coisa chegou num patamar impressionante.

Leigos repetem, de boca cheia, que é preciso respeitar a "ciência". E, com isso, querem dizer o seguinte: vamos obedecer aqueles "cientistas" que repetem o que eu quero ouvir. Os demais são seletivamente descartados.

Políticos e jornalistas têm usado com arrogância esse pedestal pseudo-científico, e o melhor caso para ilustrar foi o ex-ministro Mandetta, um político ortopedista, repetir que se baseava na "ciência, ciência e ciência" ao citar um estudo estapafúrdio sobre cloroquina, e depois ainda afirmar que a ciência foi exonerada do ministério com sua saída.

Agora vimos o ex-ministro da Saúde, o senador tucano José Serra, entrar em cena com a mesma postura arrogante, tentando ganhar alguma visibilidade política, ele que anda um tanto desaparecido das manchetes. Eis o projeto de lei que Serra enviou, todo orgulhoso:

Politizaram um remédio! Tentam atingir Bolsonaro dessa forma, o que é simplesmente absurdo diante do quadro pandêmico em que vivemos, quando vários protocolos vêm sendo relaxados em meio a essa necessidade emergencial.

Mas se é para falar de ciência, que tal escutar alguns cientistas? Um grupo deles, com pesquisadores renomados e respeitados, com inúmeras citações em artigos científicos, escreveu nova carta denunciando a politização da ciência e defendendo a cloroquina. Eis alguns trechos:

"Nessa pandemia, o termo “ciência” tem sido utilizado 'ad nauseam'. Repetem a exaustão: 'Ciência, ciência, ciência', eu sou 'pró-ciência', e 'por ela, nela e para ela' me guio e atuo. 'Eu, portanto, estou certo, coberto de razão'. É nítida aqui a intenção de conduzir-nos todos à ideia de decisões alicerçadas em algo inquestionável e infalível, tão científico com uma lei, como a lei da gravidade".

"Indignado, ouço todos os dias prefeitos e governadores afirmando, a plenos pulmões, que 'seguem a ciência'. Presidentes de conselhos e alguns de seus conselheiros, e de academias, e reitores em seus gabinetes escrevem cartas em nome de toda a sua comunidade, como se fosse uma posição de todos, consensual. Nada mais falso. Seguem a ciência? Seguem nada! Seguem a ala da ciência que gostam, e os cientistas que do seu lado eles escolheram colocar. Desprezam a outra ala da ciência, pois há também centenas de cientistas e artigos que se opõe às suas posições e medidas".

Eles apontam vários erros grosseiros em "estudos" que refutam as vantagens da hidroxicloroquina, como aquele de Manaus que foi justamente mencionado pelo então ministro Mandetta. E lembram que, com baixo risco e alguma chance de cura, a máxima deveria ser aquela jurídica: in dubio pro reu. Por que tanta resistência, torcida mesmo, contra um remédio? Só para atacar um presidente que odeiam?

Quem fala em nome da ciência e enaltece o papel da OMS nessa pandemia expõe clara incoerência, uma vez que a entidade tem errado bem mais do que acertado desde o começo. Recomendo a todos que leiam na íntegra a carta dura que o presidente Donald Trump escreveu ao seu diretor-geral, apontando fatos constrangedores que justificam a retirada do financiamento americano da OMS, que virou uma espécie de puxadinho chinês.

"Está claro que os seus repetidos erros e da sua organização na resposta à pandemia têm sido extremamente custosos ao mundo. O único caminho à frente para a OMS é se ela puder de fato demonstrar sua independência da China", escreveu Trump. Pouco se falou dessa carta bombástica na imprensa brasileira, o que suscita importantes reflexões. O que está acontecendo? Por que tanto silêncio sobre os erros da OMS? Ou da China? Isso aqui talvez ajuda a entender:

Queremos vender mais para o mundo todo, certamente, e os chineses precisam de alimentos, que produzimos de forma competitiva. Mas não pensem que vão nos comprar assim! Alguns jornalistas querem ser "pragmáticos" e fechar os olhos para os abusos chineses; mas há muitos de nós que não estamos à venda. Já outros veículos mais parecem assessoria de imprensa da ditadura chinesa:

O que está em curso é uma disputa política em meio a essa pandemia. Não dá para negar, quando vemos o tipo de ataque proferido contra Trump ou Bolsonaro, e a defesa feita ao regime chinês e seu braço "científico", a OMS. Se for para falar de Trump e dos Estados Unidos, é preciso questionar: devemos olhar para quais estados americanos? Para a Flórida, com menos radicalismo e pouquíssimo óbito, ou Nova York, com isolamento radical e muito mais mortes? Como fica? Quem fala em nome da ciência? Vejam uma divisão de estados com base partidária:


Se estão politizando tanto a pandemia, por que ignorar esses dados? Claro que podem existir inúmeras razões para essas diferenças, como densidade populacional, clima etc. Mas eis o ponto: sabemos tanto assim sobre o vírus chinês para monopolizar a fala em nome da ciência? Ou há muita ignorância jogada para baixo do tapete para fins políticos? Afinal, a mídia em peso aqui alertava que a Flórida teria um quadro tão grave quanto Nova York, e só depois que as previsões se mostraram totalmente equivocadas que resolveram responsabilizar o clima por isso. O governador republicano deu uma bordoada nos jornalistas, que não conseguiram anotar nem a placa do caminhão que os atropelou:

Ron DeSantis está atacando o partidarismo da imprensa, que ficou feito urubu antecipando o caos no estado, e se recusa a rever suas premissas, pois elas refutam suas narrativas ideológicas. Mas é curioso que o ideológico é sempre o outro! Eles, jornalistas e políticos de esquerda, são "imparciais" e só olham para a "ciência". E quem acredita nessa ladainha?

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