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A privatização salva vidas. Ou: Da estrada da morte para a vida
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Caiu pela metade a quantidade de óbitos na estrada BR-163, segundo a nova concessionária CCR. Para ser mais preciso, o número de mortes na BR-163, que corta Mato Grosso do Sul de Mundo Novo a Sonora, teve redução de 51,85% nos últimos três meses:

De acordo com a assessoria de imprensa da CCR MS Via, que há 90 dias criou o Serviço de Atendimento ao Usuário, foram 13 óbitos entre 11 de outubro de 2014 e 10 de janeiro de 2015. No mesmo período, mas entre outubro de 2013 e janeiro de 2014, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) registrou 27 mortes.

Segundo o gestor de atendimento da CCR, Fausto Camilotti, a redução dos acidente fatais é decorrente da recuperação do pavimento, modernização da sinalização e presença de equipes de auxílio aos usuários. Outra mudança foi que a PRF não precisa mais ficar empenhada nos locais de ocorrência de trânsito, liberando as equipes para fiscalização.

Em três meses, foram realizados atendimento pré-hospitalar a 1.357 pessoas. As ocorrências foram extremas, de nascimento de bebê em ambulância aacidentes graves. O serviço conta com 12 ambulâncias de resgate e cinco UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) móveis.

De acordo com os dados do SAU, houve registro de 27.636 ocorrências ao longo dos 845,4 quilômetros da rodovia, o que representa uma média de 307 ao dia. Do total, 29% dos acionamentos (8.130) foram para socorro mecânico. Outros 7.245 chamados foram para retirada de objetos da pista.

“Definitivamente, chegamos para transformar a BR-163/MS em uma Rodovia da Vida”, afirma o gestor.

Devido a grande quantidade de acidentes fatais, a 163 ganho status de Rodovia da Morte. No ano passado, a via foi repassada para a inciativa privada, que vai fazer duplicação e cobrança de pedágio.

O que o leitor prefere: pagar altos impostos via IPVA (mesmo quem não usa a via) e ter estradas que parecem queijos suíços de tantos buracos, ou pagar pedágio (apenas quem usa) e ter uma estrada decente? Ó, dúvida cruel.

O problema, claro, é pagar o pedágio (legítimo) e continuar pagando alto IPVA a fundo perdido. Privatizar as rodovias é uma decisão acertada, que até o estatizante PT teve de fazer, pois as condições em nossas estradas públicas são vergonhosas e assassinas.

Tem que privatizar muito mais ainda! Mais de 80% das rodovias são estatais, e são as que estão em piores condições. Não é coincidência. É incompetência da gestão estatal, mecanismo de incentivos inadequado, corrupção, foco de curto prazo (eleitoral), etc.

Agora, o justo seria ter abatimento no IPVA, não é mesmo? Começo de ano, época de preparar o bolso para mais essa facada do guloso estado. Na hora que assinar o cheque, lembre-se: o problema é o governo, não a rodovia privada que cobra pedágio, mas oferece um serviço decente em troca. Privatize já!

Rodrigo Constantino

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