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Afinal, estupros coletivos por muçulmanos ocorreram ou não na Alemanha?
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O site O Antagonista divulgou uma nota neste domingo afirmando que os relatos de abusos sexuais na Alemanha no Réveillon seriam falsos:

A polícia alemã concluiu que os relatos de que mulheres teriam sofrido abuso sexual em massa no Réveillon de Frankfurt eram falsos.

O jornal Bild havia publicado que homens de aparência árabe teriam molestado alemãs durante a festa.

Após investigações, a polícia não encontrou indícios de que isso tenha acontecido. Uma das mulheres citadas na reportagem, por exemplo, sequer estava em Frankfurt no dia.

Diante do relatório oficial da investigação, o Bild pediu desculpas publicamente e retirou a reportagem de seu site.

Mas não é exatamente verdade, segundo o que diz Claudia Wild:

Com relação ao publicado pelo site “O Antagonista“, em que afirmam que os ataques sexuais em massa na noite de réveillon em Frankfurt eram falsos, esclareço o seguinte:

  • A imprensa alemã noticiou dias após a passagem do ano, que inúmeras mulheres teriam sido atacadas sexualmente e até mesmo roubadas na cidade de Frankfurt na referida noite e existem vários inquéritos em andamento que apuram as denúncias.
  • No dia 6 de fevereiro deste ano (37 dias após o Réveillon) o ?Bild Zeitung“ noticiou em primeira mão que além dos ataques já conhecidos pela polícia, teria havido um OUTRO ataque ? este, em proporções gigantescas, no qual pelo menos cinquenta homens de aparência árabe e africana, no jogo do estupro chamado Taharrusch gamea, teriam molestado inúmeras mulheres. Na referida matéria, o ?Bild? trouxe duas mulheres narrando o que viram e uma delas inclusive se disse vítima. Este fato teria acontecido na área central da cidade , denominado ?Freßgass? ? local de bares e restaurantes.
  • A polícia entrou no caso para apurar a tal denúncia, concluindo que ESTA denúncia seria inconsistente e que não haveria elementos para sustentá-la. Inclusive a tal suposta vítima e uma outra testemunha (a dona de um restaurante na área) mentiram tão descaradamente com relação aos fatos que estão sendo processadas por falsa comunicação de crime. Após isto, o jornal ?Bild? publicamente pediu desculpas sobre sua matéria, dizendo que foi precipitado em publicar a história contada pelas duas testemunhas, e que portanto se retratava do erro.
  • Da forma com que ?O Antagonista“ noticiou, parece que não houve ataque sexual algum em Frankfurt na noite de Réveillon. O que não corresponde ao apurado. Há dezenas de inquéritos em andamento para que sejam investigados crimes sexuais e crimes contra o patrimônio, em que mulheres foram vítimas de homens com aparência árabe ou africana. Aliás, em inúmeras cidades alemãs e austríacas, dezenas de casos da mesma natureza foram comunicados à polícia e viraram inquéritos policiais.
  • Apenas, o tal ataque no local chamado ?Freßgass“ não ocorreu ou não pode ser comprovado nas dimensões narradas por algumas pessoas, MAS os demais ataques sim, ocorreram e foram muitos, inclusive em Frankfurt.
  • As fotos abaixo são de jornais alemães que noticiaram ataques sexuais logo após a passagem de ano, e ainda o pedido de desculpas do jornal Bild (publicado em 15.02.2017).

Ou seja, pelo visto, segundo a própria imprensa alemã, apenas um caso relatado pelo Bild seria falso, não todos, o que não fica claro na nota de O Antagonista. O leitor mais desatento pode sair com a impressão de que é pura paranoia e “islamofobia” desconfiar de imigrantes oriundos de países islâmicos quando o assunto é abuso sexual, mas pelo que se pode ver não é pura paranoia…

Rodrigo Constantino

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