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Amazon dá um tiro no pé com nova propaganda do Kindle e recebe resposta magistral de Doria
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A Amazon resolveu acreditar nos seus marqueteiros descolados e fez um comercial direcionado à esquerda caviar, ignorando o povo. É o que dá viver numa bolha “progressista”. Sua nova propaganda do Kindle, um produto que particularmente gosto bastante, pois é muito útil para um escritor de resenhas como eu, atacou o combate do prefeito paulista aos pichadores de muro, como se “tornar a cidade cinza” fosse um crime, não emporcalhar cada canto de São Paulo. Eis o comercial:

Até agora, está com mais de 3 mil “descurtidas” para apenas 500 curtidas. É o resultado de quem não sai da vizinhança protegida dos “descolados”. Mas o prefeito João Doria não deixou barato. Imediatamente gravou um vídeo como resposta fazendo um desafio à empresa, demandando doações para que não fique parecendo só oportunista:

Felipe Moura Brasil comparou esta reação inteligente e corajosa de Doria com a de outros tucanos no passado. Não dá nem para comparar, pois é covardia! O blogueiro da Veja lembra de alguns episódios:

Em 2006, Alckmin vestiu um casaco com os símbolos das estatais para provar que não era “privatista”, como o PT o acusava – mas Doria não precisou vestir um casaco grafitado para reagir à Amazon.

Em 2010, Serra defendeu a criação de uma 13ª parcela em favor dos beneficiários do Bolsa-família para provar seu amor ao programa – mas Doria não precisou oferecer um 13º aos grafiteiros.

Em 2014, Aécio se limitou a chamar a propaganda do PT sobre os “fantasmas do passado” de “ato de um governo que vive seus estertores” – mas Doria não precisou se limitar a um lamento pedante.

O prefeito trocou a postura defensiva – para não dizer suicida –, complacente e tecnocrática com que os velhos tucanos reagem aos ataques petistas pelo contra-ataque altivo, inteligente e irreverente que impõe ao adversário um problema publicitário e moral ainda maior do que aquele que ele tentou jogar sobre seu colo.

Se a Amazon fizer doações a São Paulo, Doria sai vencedor do confronto pela ajuda que conseguiu para a cidade. Se não fizer, o prefeito sai igualmente vencedor por comprovar o oportunismo não solidário da empresa.

Doria colocou a equipe de marketing da Amazon numa encruzilhada. Vai doar o que foi solicitado ou vai assinar atestado de oportunismo? Moura Brasil conclui com um recado aos caciques tucanos: “Aprende, tucanada, em vez de boicotar a candidatura alheia pela raiz”.

De fato, a postura de Doria representa algo novo dentro do partido, pois os tucanos, historicamente, sempre optaram pela “diplomacia”, eufemismo para covardia. Mascarando sua pusilanimidade com o verniz de “educação”, a triste realidade é que o PSDB sempre apanhou calado da extrema-esquerda, dos seus “primos radicais”, e nunca conseguiu revidar à altura.

A Amazon tentou colocar Doria contra a parede ao favorecer a esquerda caviar, mas se deu muito mal. Como Guilherme Macalossi comenta, a estratégia foi péssima:

A nova propaganda da Amazon sobre o Kindle é duplamente burra:
1 – Ela se contrapõe à majoritária parcela da população paulistana, francamente a favor do programa “Cidade Linda”
2 – Ela compara os autores de livros a criminosos pichadores que emporcalham a cidade

Exatamente. Se fosse um típico tucano, iria vestir a carapuça e se intimidar. Doria não é um típico tucano. Ele tem mais testosterona sozinho do que todos os tucanos juntos, apesar da pinta de “coxinha” (coisa que soube também transformar em ativo, como quando rebateu que seus ternos caros foram comprados com dinheiro do seu trabalho, ao contrário de Lula). É isso que o povo quer! Alguém que lute por seus interesses sem medo da patrulha politicamente correta.

Continuo fã do Kindle, pois é um belo produto, apesar da péssima propaganda. E passei a admirar um pouco mais o prefeito de São Paulo, que não se deixa intimidar por essa pressão “progressista”.

Rodrigo Constantino

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