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Boff, o plutocrata
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Por Paulo Bressane, em O Tempo

Na coluna do último dia 13, comentei sobre as vantagens do livre mercado e critiquei alguns colunistas que insistem em defender ideologias insustentáveis. Pois bem, um deles é Leonardo Boff, que continua incansável em sua arte de proferir baboseiras, como as ditas em sua coluna “De tempos em tempos a plutocracia tenta um golpe”. Lá estão devaneios do tipo “A plutocracia brasileira (os 71.440 miliardários, segundo o Ipea) possui pouca fantasia. Usa os mesmos métodos, a mesma linguagem, o mesmo recurso farisaico do moralismo e do combate à corrupção para ocultar a própria corrupção e dar um golpe na democracia e, assim, salvaguardar seus privilégios”. Ora, senhor Boff, os plutocratas predadores, entre os 71.440 miliardários citados, estão em absoluta minoria. Por sua vez, a quase totalidade deles contribui, e muito, para dar sustentabilidade a este país de governos cleptocráticos.

É PRECISO ENFATIZAR que ser rico é uma coisa e que ser plutocrata, ligando o dinheiro ao poder, é outra. Vale aqui lembrar as palavras de Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do país: “Nós nunca vamos ter estabilidade se tivermos desigualdade”. A plutocracia é realmente nociva, principalmente quando seus representantes políticos trabalham em conluio com os que os apoiam financeiramente no processo eleitoral. Os predadores petistas e seus aliados são mestres plutocratas, e esticaram ao máximo as cordas que articularam as propinas com os mega empresários escolhidos para lhes dar sustentação financeira e se manterem no poder, portanto, Boff também é um plutocrata, já que indiretamente apoia esta prática condenável.

BOFF DIZ AINDA que “os grupos do dinheiro e do poder não conseguem dar uma resposta ao desafio que vem das bases, que cresceram enormemente em consciência e em reclamos de direitos. Por mais que manipulem dados, eles sabem que dificilmente voltarão ao poder pela via da eleição. Daí a razão do golpe”. Quanto a tal invencionice do “golpe”, nem vale a pena comentar a respeito, mas a esquerda precisa entender que as bases foram sim, esfaceladas, mas não pela “pouca fantasia dos miliardários”, e sim pelo populismo insustentável promovido por um projeto socialista que nos levou a um retrocesso econômico de 50 anos. A principal herança dos governos petistas serão os valores negativos que difundiram ao longo dos últimos 13 anos. Felizmente o partido morreu, mas as bases continuam sim precisando de respostas, e elas definitivamente não se encontram no estatismo da esquerda.

 

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