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Cuba é amiga de narcotraficantes, guerrilheiros e terroristas
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Em sua coluna de hoje na Folha, Julia Zweig defende que é hora de o governo americano rever sua política de sanções econômicas a Cuba, depois que relaxou a pressão ao Irã. Eis seus argumentos principais:

Quando se trata de Cuba, Washington também se beneficia de um consenso internacional completo, embora seja um consenso quanto ao fracasso e à insensatez das sanções, e de uma opinião pública favorável quanto aos méritos de um processo diplomático. Mas a comparação não vai além disso. Em suma, a Casa Branca sabe muito bem que Cuba não possui programa nuclear, não apoia terroristas (na verdade, facilita sua incorporação ao processo democrático, no caso da Colômbia), não tem tropas na África ou guerrilheiros na América Latina e não permite que o crime organizado e o tráfico de drogas transitem por suas águas ou atravessem seu território. Após 55 anos de antagonismo, a Casa Branca finalmente parece compreender que a única coisa que Washington quer de Cuba –alguns o chamam de controle; outros, de democracia liberal– não é algo que possa ser arrancado de Havana à custa de sanções.

Pode-se questionar a eficácia do embargo, claro. É compreensível o lado americano, quando lembramos que Cuba apontou mísseis nucleares para a Flórida, e que os irmãos Castro desejavam bombardear, de fato, os Estados Unidos. Mas eis o que eu queria dizer aqui: será que Cuba está mesmo livre de terroristas e guerrilheiros hoje? Não falo da própria ditadura, mas de grupos de fora. Há controvérsias.

Em Fidel: O tirano mais amado do mundo, o cubano Humberto Fontova garante que não, que Cuba ainda é uma ilha amigável a todo tipo de bandido internacional (e isso é evidente quando lembramos da proximidade entre irmãos Castro e o chefe da quadrilha do mensalão, José Dirceu). Diz Fontova:

Cuba era um grande campo de treinamento para terroristas (o IRA, os Panteras Negras, a Organização para a Libertação da Palestina e Carlos, o Chacal são todos ex-alunos cubanos).

Um regime com esse histórico ia simplesmente abandonar seu affair com terroristas antiamericanos? Duvido. E, de fato, há um capítulo que fala da relação dos irmãos Castro com os traficantes. Nas palavras da dra. Rachel Ehrenfeld, autora dos livros Evil Money e Narco-Terrorism:

Os cubanos fornecem um porto seguro, combustível, passaportes e escolta [para o embarque da cocaína colombiana]. E são sempre muito bem pagos.

O capítulo segue relatando casos e declarações que comprometem o regime cubano:

As drogas são a fonte de dinheiro para os comunistas cubanos, que destruíram sua própria economia. Manuel de Beunza, desertor da inteligência cubana, disse no mesmo documentário da PBS: “Eu participei de uma reunião em que Fidel Castro em pessoa ordenou a criação de empresas para se envolver com o tráfico de drogas e o contrabando”.

É muita ingenuidade achar que a ditadura não se envolve mais com bandidos, traficantes e guerrilheiros. A Coreia do Norte é conhecida pelo tráfico de heroína com a participação da ditadura (tudo tem sua participação), assim como o Talebã no Afeganistão. Seria diferente com Cuba? Claro que não! Fontova conclui:

Hollywood continuamente recria o mito de que Fidel limpou a Cuba infestada dos gângsteres de Fulgêncio Batista. O incrível disso tudo é que Fidel Castro é o próprio traficante que mora ao lado e é quem, de fato, administra o braço cubano do cartel de drogas colombiano. 

Julia Zweig conseguiu pintar até um quadro em que Cuba lutaria pela inclusão democrática das Farc, como se isso fosse algo louvável, e não a tentativa de levar ao poder, pelas vias democráticas, traficantes e seqüestradores!

Pode-se, como já disse, questionar o embargo como método para combater a ditadura cubana. Mas é preciso melhorar os argumentos e parar de mentir. Cuba é um regime conivente com o tráfico e o terrorismo antiamericano.

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