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Entre a Sharia e o feminismo radical: mulheres também mentem
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Nos países dominados pela Sharia, a lei islâmica, as mulheres não só são submissas como praticamente não conseguem denunciar casos de estupros, pois precisam de várias testemunhas – homens, pois a palavra das mulheres não vale muito – e a cultura machista reacionária com frequência as consideram responsáveis por atos dessa natureza. Nos países muçulmanos, mulheres são com frequência condenadas ao açoitamento por relações sexuais fora do casamento.

Já no Ocidente cada vez mais “progressista” e dominado pelo feminismo, a palavra das mulheres tem valido mais do que qualquer outra coisa. Podemos pensar no caso do juiz Kavinaugh, apontado por Trump para a Suprema Corte, que quase foi vetado por conta de uma denúncia sem qualquer evidência de um suposto abuso sexual ocorrido décadas antes.

Nos países ocidentais, a definição de estupro se tornou muito elástica, e uma cantada já pode ser considerada assédio sexual. Mulheres que consentem ir para o quarto com o homem, bebem, trocam mensagens de cunho sexual, tiram a roupa, mas depois se arrependem do que fizeram ou não se lembram direito são consideradas vítimas de estupro. Por isso a “cultura do estupro” é divulgada pelas feministas, como se uma em cada cinco universitárias fossem vítimas de abuso, o que é absurdo. Existe, na verdade, uma cultura da histeria do estupro.

As acusações não são baseadas em evidências, estatísticas sérias ou na razão, e sim em ideologia, em mentiras e manipulações dos dados para que ajudem na narrativa que demoniza os homens brancos. A histeria impede justamente um debate mais sério, calcado nas evidências. Ela produz muito calor, mas pouca luz.

O objetivo final do feminismo politicamente correto é ambicioso, e passa pela desconstrução das instituições, da cultura e dos valores ocidentais, para reconstruí-los do zero de acordo com um conceito completamente distinto de “justiça social”. Homens inocentes que têm suas vidas destruídas no processo são apenas “dano colateral” sem importância, pois os “nobres” fins justificam quaisquer meios. Esse sempre foi o mantra das revoluções.

A “cultura do estupro” é uma construção social que deriva do conceito de “patriarcado”, um sistema de opressão em que as mulheres se tornam a classe vítima. É assim que uma poderosa e bilionária Oprah Winfrey, ou mesmo Hillary Clinton, esposa de alguém que realmente abusou de mulheres, podem posar de defensoras das vítimas oprimidas.

Rod Liddle, na The Spectator dessa semana, comenta sobre isso, lamentando os crescentes casos de injustiça por conta dessa mentalidade que toma a palavra da mulher como verdade absoluta, como se mulheres não mentissem também. Ele questiona se as evidências não servem mais para nada, mencionando um caso em que bastava a polícia averiguar o telefone da suposta vítima para descartar a denúncia de abuso, significando a liberdade ou a prisão de dez anos do suposto responsável pelo estupro. Mas a palavra da mulher estava acima das provas.

Entre a Sharia (mulheres sempre mentem) e o feminismo radical (mulheres nunca mentem), está a velha tradição ocidental do devido processo legal e do inocente até prova em contrário. Numa união perversa de islâmicos radicais com a extrema esquerda, é essa tradição ocidental que está em xeque hoje, e precisa ser resgatada urgentemente, para o bem de toda a sociedade.

Rodrigo Constantino

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