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Eu te entendo, Thaila Ayala! Ou: O Brasil testa nossa paciência mesmo…
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Deu na Quem: Thaila Ayala chegou ao Brasil neste domingo (13) de sua temporada em Los Angeles, na Califórnia, para rodar o longa Aldo – O Filme, sobre José Aldo, lutador de MMA. Sua chegada, no entanto, não foi só felicidade. A atriz foi parada na Receita Federal e precisou pagar uma taxa pelo seu computador. Depois, ela desabafou sobre o assunto em seu SnapChat.

“Parabéns Brasil. Parabéns você que mora nesse país de me*** e é parada na Receita Federal e tem que pagar pela segunda vez seu computador! Em que país você chega e tem que pagar duas vezes pela mesma coisa porque um funcionário escreveu errado a sua declaração? Você chega já desesperada para ir embora porque é um país de muita injustiça! Simplesmente somos assaltados diariamente!”, esbravejou a atriz.

“Toda vez que eu chego no Brasil no percurso aeroporto para minha casa eu coloco o passaporte dentro da minha calça porque se eu for assaltada ele pode roubar tudo, menos o passaporte, para eu vazar!”, revelou ela.

Em casa, Thaila resolveu esclarecer seu momento “revolta”: “Quando eu falo país de me***, é porque a gente está na me***. Isso é real, não é algo da minha cabeça, está no nosso cotidiano, todo mundo sabe isso. O mundo, aliás, sabe disso. É a maior história de corrupção! Quem paga essa conta é a gente, isso é muito revoltante. Não sei como ainda conseguem ficar calmos. O nosso país é um dos mais ricos e maravilhosos do mundo. A gente tem tudo aqui, importa tudo. Somos os mais ricos de água doce e potável, mas aí poluem tudo e não se preocupam em limpar. As pessoas só querem poder e dinheiro e colocam nosso país na me***”.

Por ter recebido muitas críticas dos seguidores, Taila finalizou o assunto: “Quando o artista não se expõe, é um bando de sem opinião. Quando a gente fala, é maluco e do mal. 70% da nossa classe artística não se expõe. E está certo, pois é difícil se expor. É melhor ficar neutro porque assim todo mundo te ama”, ironizou.

Entendo a revolta da bela atriz. O Brasil cansa mesmo, testa nossa paciência ao limite. E sob um ufanismo boboca, ampliado na era petista, ai de quem falar certas verdades! É logo visto como “inimigo da Pátria”, como um incomodado que deveria se mudar, pois não é mais bem-vindo em terras tupiniquins. No Brasil, “pensam” esses nacionalistas, só deve ficar quem ama incondicionalmente o país. Nada de críticas! Nada de verdades!

Ela está certa também ao mencionar que a classe artística raramente se expõe. Quando o faz, é normalmente para defender o governo de olho em verbas da Lei Rouanet ou propagandas de estatais. Ou então para bandeiras politicamente corretas covardes e sensacionalistas, que levam a esquerda caviar ao delírio. Atacar nossas mazelas com honestidade, reclamar do abuso de nossa fome arrecadatória, que chega a dobrar ou mesmo triplicar o preço de certos produtos importados, isso quase ninguém tem coragem de fazer.

É a zona de conforto dos artistas “engajadinhos” que só sabem criticar a polícia ou o “imperialismo ianque” enquanto elogiam Cuba, sempre de longe, de Paris ou Nova York. Mas colocar o dedo nas feridas nacionais, isso ninguém quer, para não ficar “mal na foto”, não atrair a fúria dos nacionalistas com complexo de vira-lata. Nada disso: temos até mesmo que enaltecer as favelas, como se fossem lugares maravilhosos, redutos do bom-selvagem de Rousseau!

Como isso tudo cansa! O Brasil só vai evoluir quando abandonar esse ranço típico de vira-lata que precisa encontrar elogios, ainda que falsos, para seu país. É como um pai que vê seu filho fracassado, drogado, vagabundo, desempregado, e ainda diz que ele é o máximo, porque ao menos é “autêntico”, ao contrário dos “burgueses alienados” da classe média trabalhadora, os “coxinhas”.

Vamos continuar “amando” nosso querido Brasil e o blindando de críticas duras, pois ninguém pode apontar para nossa podridão. Enquanto isso, seguimos pagando duas ou três vezes o preço que os ricos americanos pagam pelo mesmo computador. Ao menos somos o país do futuro e da “justiça social”…

PS: Só não vale fazer esse desabafo e depois votar no Freixo do PSOL ou compartilhar textos do Greg, ok? Isso seria muito incoerente, já que ambos, socialistas, defendem o aumento do estado.

Rodrigo Constantino

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