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Não houve conluio de Trump com russos e nem há evidência de obstrução das investigações
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Quando saiu o breve resumo do Procurador-Geral William Barr sobre o famoso e muito esperado “relatório Muller”, foi aquela decepção para a esquerda. Afinal, democratas e mídia apostaram todas as fichas nesse suposto conluio de Trump com os russos para pintar a vitória do republicano como ilegítima. A derrota não foi assimilada até agora pela esquerda.

Comentei o caso aqui. Mas como a esperança é a última que morre, e só restou mesmo esperança para a esquerda, os olhos se voltaram para o efetivo relatório Muller, completo, que de alguma maneira milagrosa rejeitaria a conclusão partidária de Barr. “Vamos aguardar o relatório em si”, diziam democratas e “jornalistas”, incapazes de confessar que ficaram dois anos martelando em cima de uma mentira.

Pois bem: saiu o tal relatório, com quase 400 páginas. E então? Não há prova alguma de conluio, como sabíamos, e tampouco há evidência concreta de que Trump teria agido para obstruir as investigações. Não obstante, os veículos de comunicação insistem em deturpar o que diz o relatório, procurando pelo em ovo, qualquer justificativa para uma chamada negativa contra Trump. Foi o caso dessa manchete num jornal carioca:

Fake News! Escancarada bem na capa do jornal. O relatório NÃO conclui nada disso! Ben Shapiro dissecou página por página do documento inteiro em seu podcast ontem. Ele, que é formado em Direito por Harvard, deixa claro que o relatório foi INCONCLUSIVO do ponto de vista legal.

Não por acaso a esquerda está decepcionada e o presidente Trump está festejando que nem pinto no lixo. Não houve conluio, e não há evidência suficiente para abrir uma investigação sobre obstrução, pois ela depende da intenção, e as declarações de Trump não fornecem claramente isso.

No caso do servidor de Hillary Clinton, um crime foi cometido de forma objetiva. No caso de obstrução às investigações, o buraco é mais embaixo, pois há uma região cinzenta, subjetiva, que depende da crença na intencionalidade do sujeito. E Muller conclui que não é possível detectar tal intencionalidade.

Quando Trump ameaça publicamente demitir envolvidos, isso é parte do seu estilo fanfarrão nas redes sociais. Ele não fez nada concreto que provasse a tentativa de obstruir as investigações. Ele tinha poder para tanto. Ele poderia ter demitido o investigador por causa da investigação, o que não seria crime. Trump pode, portanto, ter agido de forma imprudente, até imoral, mas não necessariamente obstruiu as investigações. É o que conclui o relatório. A chamada, portanto, mente.

A esquerda fez uma celeuma por conta do suposto conluio com os russos, tratado como fato pela mídia mainstream ao longo de dois anos. Tudo agora veio abaixo. Mas parece que a turma não vai aceitar a derrota mesmo. Talvez nem com a reeleição de Trump, cada vez mais provável, principalmente se a postura dos seus adversários continuar sendo essa.

Rodrigo Constantino

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