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Narrativa de vítima oprimida é o oxigênio político de Lula e da esquerda
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Ninguém aguenta mais! Mas a esquerda insiste: mesmo depois de ter destruído o país, roubado mais do que qualquer um, voltado com a inflação e causado 14 milhões de desempregos, ela ainda banca a vítima! Sim, sem essa narrativa canalha de “perseguida pelo sistema”, não resta mais nada à esquerda. Lula sabe disso. E investe pesado nisso.

O editor Carlos Andreazza tratou do tema em sua coluna de hoje, lembrando que Lula conta com a ajuda de boa parte da imprensa para disseminar essa narrativa. E como o Brasil não é para amadores, até mesmo a revista Veja, tida como ferrenha adversária de Lula e do PT (ao menos assim foi, quando eu estive por lá), entrou na dança, dando uma mãozinha camarada a essa narrativa cafajeste que coloca Moro e Lula como inimigos num confronto político, não como juiz e réu. Diz Andreazza:

Quem observa a desimpedida campanha presidencial de Lula terá notado que ele, faz tempo, trata a audiência em que, na condição de réu, deporá ao juiz Sergio Moro como se fosse um debate eleitoral, um embate de natureza política, com partícipes em condições iguais, ocasião em que poderá divergir do adversário e mesmo confrontá-lo — desafiá-lo.

Amplificado pela repercussão acrítica (ou engajada) da imprensa, não há dia em que não invista nessa distorção, com o que também atiça os mortadelas a fazer dos arredores do tribunal uma espécie de La Bombonera. É evidente que haverá provocação orquestrada à polícia, depredação de patrimônio público e privado, e alguns feridos para compor o teatro projetado pelos oprimidos. Tudo com altíssimo grau de profissionalismo. Mestre alquimista do nós contra eles, que verteu em oxigênio, Lula precisa de inimigos imaginários poderosos (os reais lhe são amigos), condição ideal a que prospere como vítima do tal sistema de que, no entanto, é beneficiário histórico.

Não importa. O que disse Renato Duque não importa. Os fatos não importam. Ele está em campanha e não move peça se no lance não vislumbrar boa chance de vitória — mais do que judicial — política.

A pesquisa do Datafolha, ao incluir Sergio Moro como candidato em 2018 de forma totalmente arbitrária, e a capa da revista Veja, ao pintar ambos, Moro e Lula, como heróis gladiadores, cada um de um lado, parecem ter saído diretamente dos diretórios petistas para corroborar com a narrativa de Lula. Como disse Andreazza: “Nem Lula desenharia melhor. Ele não está sozinho”.

Não é fácil lutar contra esse sistema podre, que recebe a culpa pelos crimes desses caciques, mas que, no fundo, protege esses corruptos! Os que tentam mudar as coisas encontram forte resistência no próprio establishment, nas elites que mandam no Brasil, e que o próprio Lula, seu maior aliado, condena da boca para fora, para preservar a narrativa cafajeste.

“É fundamental ter clareza a respeito de que não há como competir com Lula em molecagem”, diz Andreazza. E ele conta com o apoio de muitos “jornalistas”, os mesmos que ele ameaça prender se “voltar” ao poder. A grande imprensa brasileira, com raras exceções, faz o jogo dessa turma, fomenta o discurso de vítima daqueles que são, na verdade, os maiores algozes da nação.

Andreazza dá outro exemplo no texto: o caso da bomba que palestinos jogaram numa manifestação pacífica da direita contra a lei frouxa de imigração. Um vídeo comprovou quem lançou a bomba, mas a imensa maioria dos jornais continuou tratando o episódio como um confronto espontâneo entre as partes, sem definir o agressor. A bomba estava ali por acaso? É comum andar com explosivos na mochila? São as perguntas óbvias que Andreazza faz, mas não a imprensa.

Os terroristas palestinos, como Lula, caíram nas graças da elite esquerdista. E essa turma precisa proteger os seus mascotes. Bandidos, terroristas, políticos corruptos, são todos “vítimas da sociedade”, do “sistema”. Essa vitimização é o oxigênio político desse pessoal, que asfixia a liberdade do povo trabalhador. Nunca os “fracos” e “oprimidos” tiveram tanta força e poder!

Rodrigo Constantino

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