• Carregando...
02 Sep 1949, London, England, UK --- British statesman Winston Churchill in 1949, smoking one of his beloved cigars as he leaves the plane that brought him back from a continental holiday. He caught cold while swimming on the Riviera, but soon recovered. --- Image by © Bettmann/CORBIS
02 Sep 1949, London, England, UK --- British statesman Winston Churchill in 1949, smoking one of his beloved cigars as he leaves the plane that brought him back from a continental holiday. He caught cold while swimming on the Riviera, but soon recovered. --- Image by © Bettmann/CORBIS| Foto:

Que os diferentes totalitarismos têm raízes comuns, todos os estudiosos sérios já sabem. Infelizmente, ainda há muito leigo que encara o fascismo, o comunismo e o nazismo como bichos completamente distintos. Não são. Essa convergência entre o comunismo e o fascismo foi o tema da coluna do professor português João Carlos Espada no “Observador”. Seus argumentos, que tomam como base a postura de Winston Churchill, vão ao encontro do que acabei de escrever sobre a Guerra Civil Espanhola e a retroalimentação entre os radicalismos de esquerda (comunismo) e “direita” (fascismo). Diz ele:

[…] foi Winston Churchill quem no século XX melhor exprimiu essa comum acusação contra os totalitarismos. Churchill foi anticomunista feroz desde pelo menos a revolução soviética de 1917 e, como se sabe, anti-nazi feroz desde os primeiros sinais do nazismo alemão. Em 1924, quando abandonou a bancada Liberal para regressar à Conservadora (de onde saíra em 1904), apresentou como principal motivo a crescente hesitação dos liberais face ao colectivismo de esquerda.

No início da guerra civil em Espanha, em 1936, declarou no Parlamento que se recusava a tomar partido por qualquer dos lados, que acusou de serem igualmente despóticos. Ao longo da década de 1930, fez inúmeros discursos contra os dois totalitarismos, comunista e nacional-socialista. Após a II Guerra, em 1946, foi o primeiro a denunciar publicamente a “Cortina de Ferro” soviética.

[…]

O que chocou Churchill foi precisamente a ambição revolucionária — tanto do nacional-socialismo e do fascismo, como do comunismo — de reorganizarem a vida social a partir do Estado, impondo aos modos de vida existentes um plano dedutivo, baseado numa ideologia total, um esquema de perfeição. No cabo Hitler, no ex-socialista Mussolini, e nos ideólogos comunistas Lenine e Estaline, o aristocrata Winston Churchill viu o fanatismo grosseiro daqueles que queriam destruir todas as barreiras ao exercício da vontade arbitrária: barreiras do Governo Constitucional, da religião judaico-cristã, do cavalheirismo, das liberdades cívicas, políticas e económicas, da propriedade privada, da família, e de outras instituições civis descentralizadas.

Avançando para os dias de hoje, o que vemos como totalitarismos ameaçadores? Não é Donald Trump, como alegam os esquerdistas, e sim os islamofascistas, que contam com apoio velado dos “progressistas”, e esses movimentos radicais de “minorias”, que querem remodelar toda a sociedade de cima para baixo, desprezar todos os valores ocidentais, cuspir na tradição judaico-cristã, detonar a figura do gentleman conservador, usar o poder estatal para uma nefasta “engenharia social”.

Os inimigos da liberdade não são os legítimos conservadores de direita, tampouco os liberais clássicos que pregam um estado mínimo, e sim os intolerantes que odeiam a diversidade, apesar de alguns falarem bastante em seu nome. Ou seja, os próprios “progressistas” e “multiculturalistas”, assim como os muçulmanos radicais que adorariam redefinir totalmente o estilo de vida ocidental. Contra ambos, precisamos de lideranças como a de Sir Winston Churchill. Mas infelizmente o mundo anda carente de bons líderes…

Rodrigo Constantino

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]