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O país da meia-entrada
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O Brasil é mesmo um país sui generis. Por aqui, a maioria ainda acredita em “almoço grátis”. E bancado pelo papai estado, como se este não tivesse que tirar de José para dar a Pedro (ficando com boa parte como pedágio).

O governo adora distribuir benesses, e ninguém pergunta quem paga a conta. Tem malandro demais para otário de menos. Esse é o problema.

Foi sancionada pela presidente Dilma a lei que limita a 40% a meia-entrada. E a turma achou pouco! Os jovens queriam mais, queriam meia-entrada sem limite! E para transporte aéreo também, porque ninguém é de ferro.

Foi mantido um absurdo privilégio da União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG). O texto diz que as carteiras de identificação estudantil serão expedidas “preferencialmente” por essas entidades. Os “cumpanheiros” agradecem a preferência.

Os empresários reclamam, claro. Na hora de definir o preço, isso tudo deve ser levado em conta. A entrada “gratuita” de uns significa, necessariamente, o preço maior de outros. Isso só pode ser considerado justo em um país que perdeu o sentido de justiça: cada um deveria pagar pelo que consome, sem jogar o tempo todo a fatura para ombros alheios.

Para piorar, fala-se em estímulo a cultura, mas desde quando show de rock, baile funk e jogo de futebol são grandes fomentadores culturais? Talvez no Brasil, o que explicaria a cultura da meia-entrada e da malandragem. É tudo realmente incrível. Fica complicado dar certo assim…

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