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O remédio estatal sumiu!
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Eis a chamada no Zero Hora: Parado há quase nove anos, laboratório público consumiu R$ 28 milhões sem produzir um único remédio

Na entrada do Laboratório Farmacêutico do Rio Grande do Sul (Lafergs), entre as placas de homenagens e inaugurações expostas na parede, uma se destaca : “Recorde de produção de medicamentos: 140.118.442 unidades fabricadas em 1997”. 

A inscrição na folha de metal remete a um passado de glórias da estrutura pública que irá completar quatro décadas no ano que vem, mas que não produz um único comprimido, xarope ou pomada há quase nove anos. 

No período, mesmo em coma, o Lafergs consumiu R$ 28 milhões dos cofres públicos, em valores corrigidos pela inflação. O montante gasto com manutenção e investimentos seria suficiente para contratar e manter um médico em cada município gaúcho por um ano e meio. 

Apenas mais um exemplo, entre tantos, do enorme descaso com que governantes lidam com recursos públicos. Nenhuma surpresa, quando lembramos que o mecanismo de incentivos no setor público não é adequado, pois são recursos da “viúva” e falta o escrutínio de sócios atentos ao destino de suas próprias economias.

Esse é o principal motivo pelo qual o governo não deve ser empresário. Não há sentido algum em ter o estado como produtor de remédios, algo que o setor privado pode fazer de forma muito mais eficiente. A civilização ocidental avançou quando separou a religião da política. Agora está na hora de separar a economia da política. Remédio estatal dá nisso: nenhuma produção, elevado gasto.

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