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O "rolezinho" da inveja. Ou: A barbárie se protege sob o manto do preconceito
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O assunto do dia é esse, não posso me eximir de colaborar com meus dois cents. Os “rolezinhos” marcados pelas redes sociais, fruto do capitalismo, têm levado centenas de pessoas aos shopping centers luxuosos. A alegação é de que combatem o preconceito contra negros e pobres. Pretendo mostrar que não é nada disso. Mas antes, vejam as cenas de um desses “rolezinhos”:

httpv://youtu.be/H4oRqmLGDd8

Alguém pode realmente acreditar que se trata de alguma forma de protesto legítimo? Sou do tempo em que o eufemismo politicamente correto ainda não tinha obliterado completamente os conceitos e a linguagem. Portanto, chamemos as coisas por seus nomes, ok?

O que vemos acima se chama “arrastão”. Uma turba de bárbaros invadindo uma propriedade privada para fazer baderna não é protesto ou “rolezinho”, mas invasão, arrastão, delinquência. O primeiro passo para vencer esse avanço da barbárie é chamá-la pelo nome certo. Selvagens que cospem na civilização não são “manifestantes” coisa alguma.

Sobre o “argumento” de preconceito, vamos lá. Casais ou indivíduos, vestidos de maneira adequada (sim, a maioria dos shopping centers não permite a entrada com trajes de banho, por exemplo, e esse é um direito dos proprietários do estabelecimentos), dificilmente serão alvos de constrangimento, por mais humildes que sejam, ou se tiverem a cor da pele mais escura.

Podemos ter casos isolados de abordagem inapropriada dos seguranças (que são trabalhadores humildes), que devem ser condenados. Ainda assim, pode-se argumentar, como atenuante, que seguem um ponto de vista estatístico: se a maioria de casos envolvendo pivetes nesses estabelecimentos ocorrer pelas mãos de pessoas com determinado estereotipo, então parece natural, apesar da afetação politicamente correta, que os seguranças ficarão mais atentos e preocupados quando alguém com tal tipo adentrar o local.

Sei o quão difícil é para muitos absorver isso, mas pensem em um sujeito com turbante e mochila entrando em uma sinagoga. Ele pode ser apenas um turista, claro, mas seria compreensível que os guardas ligassem o sinal de alerta. Ele também preenche melhor o perfil do típico terrorista…

Se pobres ou negros circulam livremente por diversos shopping centers (basta uma rápida visita ao Barrashopping, o maior da América Latina, para verificar), então esse tipo de “rolezinho” não pode alegar ser rejeitado por conta de algum preconceito. Ou por outra: é preconceito sim, mas não contra negros ou pobres, e sim contra falta de educação, barbárie, aglomeração de gente em local inadequado, baderna, multidões barulhentas e indecentes.

Tudo que eles querem é causar transtorno, levar o caos a esses lugares, para serem reprimidos pela força da lei, como devem ser, e depois posarem (ou pousarem, como diria Emir Sader) de vítimas. Ou seja, estão em busca do rótulo de vítimas de preconceito, sendo que o verdadeiro preconceito vem deles. Explico.

Não toleram as “patricinhas” e os “mauricinhos”, a riqueza alheia, a civilização mais educada. Não aceitam conviver com as diferenças, tolerar que há locais mais refinados que demandam comportamento mais discreto, ao contrário de um baile funk. São bárbaros incapazes de reconhecer a própria inferioridade, e morrem de inveja da civilização. [explico melhor o que quis dizer com isso aqui]

Notem que isso não depende da conta bancária ou da cor da pele! Como eu disse, vários pobres ou negros frequentam esse tipo de estabelecimento numa boa, sem problema algum, como deve ser. Por outro lado, é bem capaz de que gente da esquerda caviar, da elite intelectual ou financeira, aplauda a barbárie dos “rolezinhos” para se sentir “engajada” e fugir justamente da pecha de preconceituoso.

Por fim, vale mencionar o direito de propriedade privada. O shopping center tem dono! Claro que certas regras, por se tratar de local aberto ao público, precisam ser respeitadas. Não é por ser propriedade privada que o estabelecimento pode barrar, por exemplo, a entrada de alguém só pela cor da pele. Isso seria crime de racismo. Mas o shopping pode, sim, criar critérios objetivos e impessoais, válidos igualmente para todos, no que diz respeito aos trajes ou comportamento.

O propósito do shopping é oferecer um local agradável para o consumo e o lazer das famílias e indivíduos. Quem está atrapalhando os demais na busca desses fins pode e deve ser impedido de permanecer no local. Os “rolezinhos” da inveja precisam ser duramente repreendidos e punidos. Caso contrário, será a vitória da barbárie sobre a civilização.

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