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Os "rolezeiros" não querem saber de luta de classes marxista
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Condeno os tais “rolezinhos”, que comparei até com barbárie, pela nítida falta de educação e de respeito aos demais clientes do shopping, pela típica atitude juvenil de desafio às autoridades, que clama por limites. Mas não enxergo nessa garotada marxistas engajados, como pretendem os “intelectuais” de esquerda.

O funk da moda é o “funk ostentação”, com letras que enaltecem marcas de grife e consumismo desenfreado. Tudo bem tosco, é verdade. De péssimo gosto, brega, mas nem de perto marxista ou anticapitalista. Ao contrário: essa turma deseja ter o tênis da moda, o boné da marca mais cara, à contramão do que prega um Sakamoto da vida (eu disse prega, pois na prática o rapaz gosta também de um belo notebook da marca Apple).

Pois bem, achei a reportagem da Veja dessa semana bem interessante. Os jornalistas saíram às ruas para escutar os próprios “rolezeiros”, e criaram deles uma imagem bem distinta do que os defensores ou detratores ideológicos haviam pintado. Eis a conclusão:

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O shopping center não é um ícone de segregação de tipo algum, seja racial ou social. É apenas um local confortável, com ar condicionado (fundamental no calor brasileiro), muitas atrações, lojas e restaurantes, palco perfeito para que famílias e indivíduos de todas as classes de renda possam se distrair, passear, namorar, ver um filme.

A esquerda mais radical pretende usar esses jovens como massa de manobra para destruir isso, por pura inveja ou desejo de destruição, força propulsora do comunismo. Já os próprios “rolezeiros”, por não se darem conta de que agem como inocentes úteis dessa turma socialista, e por não respeitarem os direitos dos outros, podem acabar agindo no mesmo sentido, cujo resultado seria desfavorável para eles mesmos.

Preservemos os shopping centers! Para isso, é preciso rejeitar tanto a luta de classes marxista, que adoraria abolir esses “templos do consumo”, como a falta de educação estampada nos “rolezinhos”. Shopping é, sim, um local que deve ser civilizado, i.e., capitalista e individualista (com respeito a todos os indivíduos lá presentes).

Rodrigo Constantino

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