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Os talibikers
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Meu vizinho virtual, o jornalista Reinaldo Azevedo, cunhou o termo “talibikers” para descrever os “fascistas em duas rodas”. Entendo perfeitamente o que ele quis dizer. A “bike” é um meio de transporte interessante, um bom exercício, e tudo mais. Só que alguns resolveram criar uma seita religiosa com base nisso!

Que fique claro um ponto aqui: a segurança dos ciclistas nas ruas, a falta de educação dos motoristas no trânsito, a ausência de mais ciclovias, tudo isso são temas importantes e que devem ser debatidos. Mas não é esse o ponto.

E qual é o ponto? Em artigo no GLOBO de hoje, o jornalista e ciclista Leonardo Drummond nos deu um belo exemplo. Ele chama de “guerra suja nas ruas” o confronto entre carros e bicicletas, e seu objetivo é claro: ele deseja abolir esse meio de transporte obsoleto de quatro rodas! Ele diz:

Comparo o ciclista aos pequenos animais que sobreviviam no tempo dos dinossauros. Semelhantes a ratos e gambás, se esgueiravam nas sombras e moravam debaixo da terra para fugir dos predadores dominantes de então. Talvez, no futuro, os ciclistas saiam das suas tocas. Talvez, quando a crise energética e o aquecimento global levarem os dinossauros automotivos à extinção.

Amém! Notem que não fui eu quem chamou os ciclistas de “pequenos animais” e os comparou a “ratos e gambás”. Mas prossigo: vai ser fanático assim lá na Rede Sustentável da Marina Silva! Essa coisa de ambientalismo passou de qualquer limite do razoável. Virou ecoterrorismo, seita religiosa e antiprogresso.

Nem vou entrar na questão do aquecimento global (o ciclista deveria se atualizar, agora só falam em “mudanças climáticas” que é mais seguro por ser mais abrangente). Sobre essa histeria dos melancias eu já comentei aqui.

Mas vejam que o sujeito realmente declara guerra aos proprietários de carros, e ainda conclama seus pares sobre duas rodas a “sair da toca”. Querem exterminar de vez com os carros! Eles devem morrer de saudade dos tempos maravilhosos das carroças. Só não sabem como o esterco dos cavalos era desagradável e poluente.

Reinaldo Azevedo está certo: tem uma turma que transformou sua “bike” em um estilo de vida, e quer impor esse estilo aos demais. Eles odeiam o progresso. Eles apresentam cores autoritárias. Eles querem as ruas só para eles. Por que não vão andar de “bike” na selva, livre de todo inconveniente capitalista?

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