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Pesquisa mostra que campanha de boicote contra NRA não ajudou empresas
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A National Rifle Association (NRA) é, provavelmente, a instituição mais odiada pela esquerda americana. Ela é acusada de tudo, inclusive de insensibilidade diante da morte de alunos em massacres escolares, como se a culpa desses atentados fosse de quem defende o direito básico de o cidadão de bem ter armas, um que os “pais fundadores” consideravam fundamental.

O lobby da NRA é sempre apontado como responsável pela impossibilidade de reformas nas leis sobre armas, ignorando-se que o banimento de fuzis já foi tentado, e fracassou (inclusive foi nessa época que ocorreu o massacre de Columbine).

Os mesmos que falam desse lobby com desprezo ignoram também o forte lobby dos sindicatos do lado esquerdo, como o dos professores, que doa quase 100% para o Partido Democrata e impede mudanças no ensino público, cada vez pior. São esquerdistas radicais, mas isso pode…

Mesmo com toda a campanha de difamação, incluindo “documentários” que demonizam a NRA, o fato é que os americanos em geral não caem facilmente na narrativa “progressista”. A nova campanha de boicote, aproveitando-se do clima após a tragédia em Parkland, não surtiu o efeito desejado.

Uma pesquisa mostrou que a maioria das empresas envolvidas viu um resultado negativo após aderir ao boicote, enquanto a própria NRA segue avaliada de forma positiva pela população. Na verdade, a aprovação da NRA subiu 8 pontos, e 44% dos entrevistados consideram a entidade de forma favorável, contra 36% de desfavorável.

Perguntados se teriam uma opinião melhor ou pior de uma empresa que tivesse acordo comercial com a NRA, 36% disseram que julgariam tal acordo benéfico, contra 34% que veriam como algo negativo. E o resultado que pode decepcionar muito as empresas por trás do boicote é esse: 51% não acompanham a iniciativa de boicote contra a NRA.

Apesar de tudo, de toda a campanha da mídia, a NRA continua sendo um ícone positivo para a maioria. 42% alegam que suas políticas são positivas em geral, contra 30% que as julgam negativas. Já caso a caso em relação às empresas que participaram do boicote, quase todas viram queda na taxa de aprovação do público:

ENTERPRISE RENT-A-CAR: mudança líquida de 24 pontos para pior;

NORTON ANTIVIRUS: mudança líquida de 18 pontos para pior;

LIFELOCK: mudança líquida de 14 pontos para pior;

METLIFE: mudança líquida de 12 pontos para pior;

NATIONAL CAR RENTAL: mudança líquida de 12 pontos para pior;

ALAMO RENT A CAR: mudança líquida de 11 pontos para pior;

SIMPLISAFE: mudança líquida de 2 pontos para pior;

FIRST NATIONAL BANK OF OMAHA: mudança líquida de 2 pontos para melhor;

CHUBB: mudança líquida de 3 pontos para melhor.

O que fica claro é que não será tão fácil impor a agenda desarmamentista num país como a América, onde os valores da liberdade estão tão enraizados. E eis algo que brasileiro dificilmente entenderá: o direito de ter armas, inclusive um fuzil, não diz respeito apenas à questão da legítima-defesa em crimes comuns, mas também contra o próprio estado!

Isso mesmo: o direito de ter armas pesadas em casa e até de “formar milícias”, como defenderam os “pais fundadores”, é um conceito importante para quem entende que a ameaça à liberdade nem sempre vem de marginais comuns, mas também pode vir do próprio estado. Alguém consegue imaginar a situação venezuelana acontecendo no Texas, por acaso?

Pois é. E antes de responder que algo assim jamais poderia acontecer nos Estados Unidos, seria bom lembrar do alerta de Reagan: a liberdade nunca está a mais de uma geração de ser perdida. Não há nada no DNA dos americanos que garante o apreço pela liberdade. Há, sim, instituições e cultura, e ambos podem mudar, podem ser moldadas, como a esquerda vem tentando fazer há décadas, com relativo sucesso.

É para se proteger desse risco que a maioria dos americanos aprova a NRA e sua veemente defesa da Segunda Emenda da Constituição. E essa gente sabe que a esquerda age de forma oportunista sempre que ocorre um massacre em escolas, até porque morre muito mais gente em crime comum com pistolas, e mais ainda com agressões físicas sem armas, como chutes e socos.

Impedir massacres não é a real intenção da cúpula democrata; desarmar o cidadão de bem, sim. Mas isso não será tão simples assim num país como a América. Ao menos não enquanto houver uma NRA para reagir…

Rodrigo Constantino

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