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Por que nosso futuro fiscal é sombrio?
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Por Adolfo Sachsida, publicado pelo Instituto Liberal

Nesse ritmo nossa dívida pública aumentará em R$ 900 bilhões em apenas dois anos! Precisamos aprovar as reformas.

Amigos, as contas públicas estão em situação caótica. O governo acaba de elevar para R$ 159 bilhões a meta de déficit primário para 2017 e 2018. Se os números já eram ruins, o que o governo anunciou mostra a piora do que já era péssimo.

Vamos ser claros: essa piora não sai de graça para o contribuinte. Em primeiro lugar, mais déficit significa mais impostos no futuro. Em segundo lugar, as expectativas vão ficando piores e podem pressionar negativamente a rolagem da dívida pública.

Alguns incautos acreditam que basta anunciar um déficit maior e tudo bem. Errado! Ao anunciar o novo déficit o governo mostrou que foi incapaz de realizar os ajustes necessários na economia. Sim, eu sei que a arrecadação caiu. Sim, eu sei que a equipe econômica vem fazendo um bom trabalho. Contudo, o resultado continua ruim. O déficit primário anterior já era alto, e mesmo assim o governo foi obrigado a piorá-lo ainda mais para poder fechar suas contas.

O problema é que não há garantia alguma de que com esses novos números de déficit a boa vontade do mercado irá continuar. Pelo contrário, o mais provável é que com o passar do tempo as expectativas se tornem cada vez mais desfavoráveis. Pressionando ainda mais a economia e jogando dúvidas sobre nosso futuro.

Ano que vem teremos eleições para governadores, deputados estaduais e federais, senadores, e presidente da República. Alguém realmente acredita em contenção do déficit ano que vem? Alguém realmente acredita que ano que vem os governos estaduais e federal irão tentar aprovar reformas e/ou reduzir o gasto público?

Não tem como isso acabar bem. Nesse ritmo nossa dívida pública irá aumentar em torno de R$ 900 bilhões apenas na soma de 2017 e 2018. Alguém realmente acredita que isso é sustentável? Vou repetir, nesse ritmo de déficits primário nossa dívida pública irá aumentar em espantosos R$ 900 bilhões em apenas dois anos. Um aumento de quase 30% no estoque da dívida em dois anos! O tempo para aprovar as reformas está acabando. Já disse e repito, a escolha hoje é entre fazer reformas ou aceitar a volta da inflação. Eu prefiro as reformas, mas infelizmente parece que iremos arcar mesmo é com a inflação.

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