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Safados e loucos: o time que prefere a Venezuela ao risco Bolsonaro
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Ninguém é obrigado a gostar de Jair Bolsonaro. Vou mais longe: o sujeito tem total direito de detestar o capitão, seu jeito meio tosco, suas falas infelizes, seu estilo um tanto autoritário. É possível tecer todo um caso justificando com embasamento os motivos pelos quais não apoia o candidato do PSL. Agora, isso não é o mesmo que preferir a volta do PT e o que isso significa: a transformação do Brasil em uma nova Venezuela.

Não é especulação ou teoria conspiratória de reacionário, mas sim confissão dos próprios petistas. Além do vídeo de apoio de Lula a Maduro, temos um apoio formal assinado pelo PT e PCdoB (partido da vice Manuela D’Ávila na chapa de Haddad) ao regime venezuelano. Segundo a Folha, esse apoio continua hoje, apesar da guinada ditatorial no país.

O PT fala em uma nova Constituinte, não escondendo seu anseio golpista. Lula dá as cartas da campanha de dentro da prisão, com sede de vingança contra a Justiça brasileira. José Dirceu deixa a máscara cair por completo e avisa: vão tomar o poder, o que não é o mesmo que vencer uma eleição. As intenções não poderiam estar mais claras: o PT, uma quadrilha criminosa e golpista, sonha com o poder totalitário nos moldes venezuelanos.

Gustavo Nogy, que tem sido bastante crítico a Bolsonaro, constatou: “Fica o registro para os pósteros e os contemporâneos: o PT mantém apoio à ditadura de Maduro. Portanto, aceito que rejeitem Bolsonaro; há muitas razões para isso. Não aceito que ainda defendam o PT; não há nenhuma razão para isso. Ter medo da extrema-direita, venha de onde vier, não justifica a extrema-canalhice. Errar é humano; errar duas vezes é petismo”.

Leandro Ruschel, que tem sido enfático na necessidade de apoiar Bolsonaro para derrotar o golpe petista, escreveu: “Temos que agradecer a sinceridade de Zé Dirceu. Em poucos dias o estrategista-chefe do PT afirmou que quer censurar a imprensa, tirar o poder de investigação do Ministério Público, tirar o poder do STF e financiar bolsas com o dinheiro dos ricos. Ou seja, implementar o chavismo”.

Ninguém mais pode alegar ignorância. O esforço da mídia em pintar um Haddad “pragmático e moderado” é uma piada de mau gosto que só ilude alienados. Volto ao começo: ninguém é obrigado a gostar de Bolsonaro. Mas é preciso ser transparente aqui: quem prefere a alternativa concreta, a volta do PT, ou é um safado oportunista de olho em alguma parte no butim, ou é louco mesmo, maluco de pedra, lé-lé da Silva. Só quem perdeu o juízo e a razão pode achar melhor transformar o Brasil numa Venezuela do que encarar a aventura incerta com Bolsonaro.

Rodrigo Constantino

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