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“O petróleo é MEU!!!!”

A Petrobras, mesmo sob o comando do governo petista, colocou parte da sua subsidiária à venda. É a necessidade de fazer caixa falando mais alto do que a ideologia. Há críticas legítimas de que o momento não seria o mais adequado, pelo baixo preço dos ativos após a crise que vem destruindo a maior estatal do país. Mas independentemente disso, é sempre notícia boa quando o governo se desfaz de parte de suas empresas.

O editorial do GLOBO de hoje elogiou a medida, reconhecendo o “timing” ruim, mas considerando ainda assim benéfica a decisão. Chega até ao limite de propor a venda da BR Distribuidora na íntegra, algo que mostra os ventos de mudança no Brasil, dominado pela mentalidade estatizante que prega um estado-empresário por desconfiar da iniciativa privada e do livre mercado:

O mercado de ações no Brasil não passa por um bom momento no Brasil. Ainda assim, é louvável a decisão do Conselho de Administração da Petrobras de aprovar a venda de 25% da distribuidora de combustíveis BR, controlada pela empresa. A distribuição foi uma das poucas atividades ligadas ao petróleo não atingidas pelo monopólio estatal instituído em 1953. Devido a isso, manteve-se razoavelmente competitiva, embora, em função do monopólio, as vantagens comparativas da Petrobras fossem tantas que, em poucos anos, a sua distribuidora acabou se tornando líder do segmento. Tabelamentos prolongados de preços também contribuíram para consolidar essa posição.

[…]

Com 25% das ações em bolsa, a BR Distribuidora terá que ser uma companhia mais independente, menos manipulável pelos interesses políticos do governo. Se não for assim, seus papéis não se valorizarão, e deixarão de atrair o interesse dos investidores. Para que a abertura de capital seja bem sucedida, esse processo de mudanças tem que começar desde já.

[…]

Se a Petrobras fizer o mesmo em outras áreas em que atua, um novo modelo de gestão passará a ser predominante e perene na companhia, essencial para a empresa se restabelecer e recuperar a credibilidade perdida. O governo até faria melhor se privatizasse a BR.

O governo faria melhor se privatizasse a Petrobras toda! Afinal, a Petrobras já tinha o capital aberto em bolsa, acionistas minoritários do mundo todo, e isso não impediu o PT de transformá-la num duto de corrupção e uso político. Em troca de quê? O que o povo brasileiro ganha, efetivamente, com a Petrobras estatal? O petróleo é “nosso”? E o que isso significa na prática?

Aqui vai: o Brasil tem a gasolina mais cara entre os grandes produtores mundiais. O “rico” brasileiro paga 40% a mais para abastecer do que o “pobre” americano, sem levar em conta a qualidade da gasolina (no Brasil é mais misturada). No entanto, os “otários” americanos não têm uma estatal PetroUSA para cuidar do “seu” petróleo. Que horror!

O Brasil é um país tão atrasado ideologicamente que defender a privatização da Petrobras ainda gera reações mais negativas do que pregar, digamos, o bacanal ou a orgia em praça pública. No último caso o sujeito será visto como um “progressista” descolado, moderninho, que já leu Foucault. No primeiro, será tachado de reacionário, entreguista, lacaio do capital. É complicado. O Brasil cansa.

Vamos abandonar esse ranço estatizante logo de uma vez. Está mais do que na hora de usar esse momento de revolta contra o governo petista, o petrolão e tudo mais para empunhar a bandeira racional e lógica da privatização, inclusive e principalmente da Petrobras. Privatize Já!

Rodrigo Constantino

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