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Zizek é um charlatão, Enem dos bons!
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O tema do feminismo, com a inclusão de Simone de Beauvoir nas questões, foi o grande foco dos debates sobre a doutrinação ideológica no Enem deste ano. Mas, como afirma Demétrio Magnoli, provando que há vida inteligente e honesta na esquerda, passou despercebido algo muito mais grave: o uso do malucão autoritário Zizek em outra questão.

Tenho certos métodos rápidos – e infalíveis – de identificar idiotas ou canalhas, restando sempre a dúvida se é um ou outro. Por exemplo: jovem com camisa do Che Guevara. Pode estar certo de que é um pobre ignorante! Gente que cita os “documentários” de Michael Moore como prova de alguma coisa: se cair no chão de quatro, não levanta mais. E “psi” e “intelectual” que aprecia Zizek: ou falta um pingo de decência, ou é imbecil mesmo.

Demétrio critica o uso de um charlatão autoritário como Zizek na prova, tratado como portador de uma verdade, qual seja, a de que a democracia americana se equivale ao regime do Talibã no Afeganistão. É coisa de demente. Diz Demétrio:

Zizek é um charlatão. A “menina maometana” de seu conto é uma afegã –e, portanto, não uma “árabe”. Mas não é preciso saber distinguir o mundo árabe do mundo muçulmano para subir a escada da celebridade no palco da filosofia política radical. O filósofo aninhou-se na palha do Partido Comunista da Eslovênia até converter-se em tardio dissidente, em 1988, acompanhando a nova direção dos ventos. Depois, tornou-se um profeta do apocalipse do “sistema global capitalista”, esculpindo uma miscelânea teórica inspirada em fragmentos de Hegel, Marx e Lacan. No âmago de seu pastiche, encontra-se a condenação implacável da democracia. EUA = Talibã: a equação zizekiana está no Enem, não como tese de um pensador extremista, mas como verdade que o candidato deve repetir.

Zizek é esperto. Sua filosofia pop rejeita explicitamente a objetividade factual e a consistência argumentativa, de modo que a horda de vigilantes zizekianos adquiriu o hábito de defender o mestre acusando os críticos de tirar suas palavras de contexto. Entretanto, nas passagens de glorificação da Revolução Cultural maoísta e do terror de Pol Pot no Camboja (que, porém, “não foi radical o suficiente”) pulsa o Zizek autêntico. É essa figura que o Enem escolheu para indagar sobre o significado de “alteridade” –e para desfraldar uma bandeira.

Conheço de perto alguns tipos que misturam Marx e Lacan e acabam encantados com o embusteiro Zizek. É de lascar! No fundo, idolatram esses safados como Zizek, Michael Moore e Noam Chomsky só porque sua mensagem é antiamericana ao extremo, e acalenta sua patologia anticapitalista. Os Estados Unidos são vendidos como a pior tirania do planeta, enquanto Cuba e Coreia do Norte são esquecidas, quando não elogiadas.

Que o Enem dê espaço cada vez maior a esse tipo de gente abjeta, defensora das piores tiranias do planeta, e que isso fique assim mesmo, visto como normal pelo grande público, são indicativos de como o Brasil está dodói da cabeça. Deixamos a esquerda jurássica tomar conta de tudo!

Rodrigo Constantino

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