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Bolsonaro muda tom, mas mídia militante não quer saber disso
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O Presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento nesta terça de cerca de três minutos em cadeia nacional sobre as ações do governo federal para combater a pandemia, frisando a importância da vacinação.

Foi uma fala objetiva, prestando contas das ações do governo, desmentindo algumas Fake News, num tom mais sereno. Bolsonaro poderia ter adotado essa postura desde o começo. A mídia oportunista continuaria catando pelo em ovo, e inventando quando não o encontrasse, mas ele teria dado menos munição à toa aos seus inimigos da imprensa.

Sinceramente, depois do que aconteceu no STF esta terça, com uma decisão esdrúxula que transformou o ex-juiz Sergio Moro em vilão e Lula em vítima, fiquei até na dúvida se o presidente deveria fazer o pronunciamento mesmo. O risco era ele parecer um alienígena, descolado da realidade. Talvez o silêncio em protesto fosse mais adequado. Mas o fato é que Bolsonaro falou, e foi de forma direta e objetiva.

Nada disso importa, porém, para essa ala militante da mídia, que demoniza o presidente dia sim, dia também, como se ele fosse o maior responsável pela pandemia e suas mortes, como se ele tivesse o poder de evitar cada óbito, ignorando o que se passa no restante do mundo.

Se Bolsonaro falar que beber água é saudável, no dia seguinte a manchete do Estadão será sobre um caso de um sujeito que bebeu água demais e morreu. Se ele falar que pegar sol é importante, o Fantástico fará uma reportagem de oito minutos sobre câncer de pele. Estamos nesse nível. É pura perseguição e politicagem.

Não obstante, a mudança de tom do presidente é bem-vinda. A pandemia é grave e está numa fase descontrolada em nosso país, atingindo mais de três mil mortes num único dia. São Paulo e Rio concentram a maioria dos casos, o que torna espantoso o fato de o governador João Doria insistir tanto na pose de gestor da ciência obcecado em salvar vidas. É uma tentativa desesperada de transferir responsabilidades, só pode. Ele não tem "lugar de fala" para dar lição de moral em quem quer que seja.

Diante desse quadro, há enorme pressão para que as autoridades "façam algo", por mais autoritário e ineficaz que seja. O sentimento é compreensível, mas a reação pode destruir de vez nossas liberdades, sem salvar qualquer vida. O que se espera das lideranças, porém, é ao menos um tom de humildade e respeito aos indivíduos que perderam amigos e familiares.

A retórica de Bolsonaro não ajudou muito a criar um sentimento de união no país, mas mais importante do que as palavras são as ações. E o governo agiu sim, ao contrário do que seus críticos alegam. Enquanto isso, alguns governadores se mostraram ambiciosos ao extremo, explorando a pandemia para fins eleitorais, politizando cada aspecto dela.

Qual o sentido, por exemplo, em se demonizar o tratamento precoce? Só porque Bolsonaro apostou nesse caminho? São vidas em jogo, e cada chance de salva-las, levando-se em conta todas as dimensões da crise, deve ser considerada. Apostar somente em lockdown parece uma solução fadada ao fracasso, primeiro por não interromper de fato o contágio, segundo porque o povo não aguenta mais e precisa trabalhar.

O quadro é delicado. O momento é de baixar as armas verbais e agir. O presidente fez sua parte com essa mudança de tom. A reação de seus adversários e da imprensa mostra que não importa o que ele diga ou faça, ele será sempre culpado por cada morte. E não estamos falando apenas dos de sempre, do PT e do PSOL, mas dos tucanos e democratas. Eis alguns exemplos:

O comunista fazendo esse tipo de demagogia não surpreende. O que surpreende, ou surpreendia, é ver Amoedos e PsolKids do MBL adotando o mesmo discursinho. Em tragédias é comum a busca de um bode expiatório. Muitos querem condenar Bolsonaro, ignorando o protagonismo dos governadores. Interesses eleitorais parecem importar mais do que a realidade. E a mídia militante, de esquerda, entra no jogo. É um jogo sujo, porém.

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