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O fenômeno cresceu tanto que proliferam livros sobre ele. Falo sobre o "woke capitalism", ou capitalismo lacrador, essa tendência de executivos levarem para seus negócios o politicamente correto de olho em aplausos das minorias organizadas, barulhentas e muito, muito autoritárias e intolerantes. Muitas empresas preferem "pagar o resgate" para serem deixadas em paz, outras demonstram ativismo em prol das pautas radicais dessa turminha.

Essas empresas "woke" defendem abertamente bandeiras de movimentos ligados ao Black Lives Matter, um grupo marxista que deseja implodir o sistema, ou até mesmo a agenda da Antifa, um movimento fascistóide. Ocorre que ideias têm consequências. Uma das principais pautas dessa patota é a demonização da polícia, considerada por eles sistematicamente racista e até fascista. "Defund the Police", gritavam os abobalhados, achando que o problema da violência é a polícia, e não sua ausência.

Pois bem: após uma onda de violência e criminalidade em cidades que aderiram a esse tipo de insanidade, as empresas começam a voltar atrás e recuperar parte do juízo. Os CEOs estão pedindo ajuda ao Congresso em meio aos saques destruidores que os estão deixando às voltas com centenas de milhares de dólares em mercadorias perdidas ou roubadas. Algumas dessas mesmas empresas apoiaram organizações no ano passado que solicitaram a revisão do policiamento nos Estados Unidos.

"Muitos líderes corporativos aderiram à onda de 'despertar' (woke) e passaram grandes cheques para organizações que ainda continuam a defender a retirada de recursos da polícia. Eles não pensaram em nada além de não serem rotulados de racistas", disse Sean Pritchard, presidente da Associação de Oficiais de Polícia de San Jose. Quase duas dúzias de CEOs assinaram a carta ao Congresso pedindo apoio enquanto os crimes de roubo estão em alta, incluindo os executivos chefes da Target, Nordstrom, Levi Strauss, Ulta Beauty e Home Depot.

"Os principais varejistas estão preocupados com o crescente impacto que o crime organizado do varejo está tendo nas comunidades que orgulhosamente atendemos", diz a carta, enviada pela Associação de Líderes da Indústria de Varejo ao Congresso na semana passada, destacando o apoio à Lei de Consumidores INFORM. "Esta importante legislação modernizará nossas leis de proteção ao consumidor para proteger famílias e comunidades da venda de produtos ilícitos e pedimos sua aprovação rápida."

As lojas Nordstrom, por exemplo, chamaram repetidamente a atenção do país nas últimas semanas devido a multidões de saqueadores invadindo vários locais na Califórnia, deixando centenas de milhares de dólares em danos e mercadorias roubadas. Parte da mídia mainstream sequer aceita falar em saqueadores, pois isso seria "preconceito". O CEO Erik B. Nordstrom assinou seu nome na carta pedindo apoio do Congresso, mas no início deste ano, a empresa dobrou seu apoio ao Black Lives Matter.

O Black Lives Matter liderou a ação contra a polícia no ano passado, convocando americanos para apoiar a sua desmonetização. A co-fundadora Patrisse Cullors, que se autodenomina "marxista treinada", disse que a maneira "como realmente obtemos responsabilidade e justiça reais" é por meio da retirada de recursos dos agentes da lei.

As pressões desencadearam um efeito cascata de cidades esquerdistas, retirando milhões em fundos dos departamentos de polícia e produzindo um aumento nos sentimentos anti-policiais, seguido por aumentos correspondentes nas demissões e aposentadorias antecipadas da polícia. Departamentos em todo o país ainda estão lutando para recrutar novos oficiais.

Lacrar, como fica claro, pode custar muito caro. Essas empresas buscam "ficar bem na foto" perante essas minorias raivosas, acham que serão consideradas "do bem", mas o resultado prático dessas campanhas é o enfraquecimento do império das leis e o avanço da anomia. É no mínimo irônico que esses executivos se auto-proclamem "woke", os "acordados" mais sonâmbulos da história, incapazes de perceber que alimentam o monstro que pretende devorá-los.

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