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Censura nas redes sociais: como chegamos até aqui?
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Suspender definitivamente o presidente dos Estados Unidos das principais redes sociais já é um espanto, mas partir para cima de vários conservadores simultaneamente é entregar a real estratégia: calar a voz da direita no debate público. A ação coordenada foi tão escancarada que até jornais de esquerda, como O Globo, consideraram excessiva a coisa.

Em seu editorial, o jornal carioca aplaude a retirada de Trump, por "incitar violência", mas condena a extensão do ato: "É justificável impor restrições a Trump por incitar violência, mas não calar a voz de milhares de seguidores". Sobre Trump ter incitado violência, faltou mostrar onde e quando, pois isso não ocorreu, é Fake News. Mas ao menos até O Globo acha que foram longe demais, apesar de muitos de seus "jornalistas" terem aplaudido, com gosto de sangue na boca.

O que está em jogo? Como chegamos até aqui? Candace Owens gravou um vídeo de cinco minutos explicando, e vai no cerne da questão. Qualquer pessoa sensata e atenta já percebeu que veículos de comunicação como o próprio O Globo se tornaram militantes, torcedores e partidários, ainda que buscando mascarar essa militância. A mídia mainstream, com a vitória de Trump em 2016, perdeu a linha e errou na mão. Incrédula, partiu para uma campanha difamatória insana, gerando perda ainda maior de credibilidade perante o público.

O fenômeno que Candace descreve para os Estados Unidos é igualmente válido para o Brasil com a vitória de Bolsonaro em 2018. As redes sociais furaram a bolha dessa hegemonia "progressista" da mídia, deram voz a milhões da maioria silenciosa, e possibilitaram o elo entre formadores de opinião conservadores e sua audiência, cada vez maior. Pessoas cancelaram assinaturas de jornais e abandonaram canais de TV aberta ou a cabo, informando-se pelas mídias sociais.

A mídia mainstream, então, culpou essas mídias sociais pela derrota de seus candidatos de esquerda, incapazes de reconhecer como Hillary Clinton era uma péssima alternativa, ou como o Partido Democrata havia se radicalizado nos últimos anos. No Brasil, vale o mesmo para Fernando Haddad do PT. Era mais fácil culpar a "praça pública" da era moderna, responsável por permitir "Fake News" e suposta manipulação por parte da direita. Atire no mensageiro se não suporta a mensagem.

A grande imprensa, então, em conluio com políticos de esquerda, partiu para uma intensa pressão sobre as redes sociais, para que passassem a filtrar conteúdo conservador, diminuir seu alcance, desmonetizar canais. Era preciso cortar o elo entre produtor de conteúdo e público, dificultar o acesso ao que a direita tem a dizer. Sob o pretexto de combate a Fake News e ao "discurso de ódio", a ideia era perseguir todos os conservadores. E a esquerda ameaçava as Big Techs com mais regulação, alegando que podem sempre ser consideradas editoras e não plataformas.

Foram criadas empresas de "checagem de fatos", elas também dominadas pelos mesmos "progressistas" da mídia. Eis o esquema: esses "checadores" colocariam o rótulo de "mentira", ou "fato em disputa" ou "circunstância incompleta", o que é a realidade de toda informação, para desqualificar os produtores de conteúdo mais à direita, e a mídia repercutia isso para ampliar o efeito. O esforço conjunto visava a pintar os conservadores como manipuladores, enquanto poupava os farsantes esquerdistas.

As redes sociais entraram no jogo sujo tanto pela pressão como pela simpatia ideológica, já que também são dominadas por "progressistas". Contrataram então essas empresas para filtrar conteúdo, tentando resgatar a hegemonia existente antes na imprensa. A esquerda deseja o monopólio das narrativas novamente, impedindo conservadores de se expressar. E em alguns casos essas empresas são ligadas ao regime chinês, o que é mais bizarro ainda: americanos têm sua primeira emenda ameaçada por decisões de gente ligada ao Partido Comunista Chinês!

É somente nesse contexto que podemos compreender esse esforço todo recente, que tem Trump como bode expiatório. O intuito é muito maior do que calar o presidente americano ou impedir a "incitação à violência", até porque o duplo padrão salta aos olhos: esquerdistas que realmente incitam ódio permanecem com suas contas ativas. O objetivo é destruir a direita e criar um ambiente de pensamento único nas redes sociais, como acontecia antes na mídia. São reacionários que querem voltar ao passado, quando vozes conservadoras não chegavam ao público pelos canais e jornais tradicionais, apesar do simulacro de pluralidade e imparcialidade.

O problema é que foram longe demais, e produziram forte reação. É preciso ser muito sonso ou tapado para fingir que não percebeu o que está em jogo. Não é sobre Trump. É sobre todos nós, que discordamos da cartilha do politicamente correto. Trump é apenas o grande teste. Se podem calar o presidente americano, podem calar todos nós. E vão tentar. E já estão tentando...

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