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Dr. Anthony Fauci, director of the National Institute of Allergy and Infectious Diseases, center, smiles as he watches an opening day baseball game between the Washington Nationals and the New York Yankees at Nationals Park, Thursday, July 23, 2020, in Washington. (AP Photo/Alex Brandon)
Dr. Anthony Fauci, director of the National Institute of Allergy and Infectious Diseases, center, smiles as he watches an opening day baseball game between the Washington Nationals and the New York Yankees at Nationals Park, Thursday, July 23, 2020, in Washington. (AP Photo/Alex Brandon)| Foto: AP

Já virou clichê nessa pandemia o bordão "ciência, ciência, ciência", que o ex-ministro Mandetta popularizou. A esquerda tenta a todo custo monopolizar a fala em nome da ciência, mas falta apresentar as tais provas científicas, ou aceitar como a ciência de fato funciona. Não é repetindo que o adversário é um "negacionista", vale notar. Isso é papo de ideólogo, do tipo que acredita no aquecimento global que estaria na iminência de derreter o planeta - o que já deveria ter ocorrido há anos, segundo os alarmistas.

O historiador Victor Davis Hanson publicou um excelente artigo sobre o assunto, expondo as fraudes da "ciência", como o governador democrata de Nova York, Andrew Cuomo, e o Dr. Fauci, uma espécie de Mandetta americano. Diz ele logo na abertura:

"Na verdade, esquerdistas se tornaram os defensores da superstição. Sua criação de um mundo de fantasia não é pq eles não acreditam na ciência per se, mas pq eles acreditam mais na primazia da ideologia que deve moldar e distorcer a ciência da maneira adequada para o bem maior."

Sobre o todo-poderoso médico por trás do CDC, diz o autor: "Ou seja, Fauci rejeitou a ciência, como a conhecia, para enganar o público. Para nossos próprios interesses, ele adotou a 'nobre mentira' platônica na ocasião. Então, por exemplo, ele admitiu que havia minimizado o valor das máscaras (ele agora parece aprovar o uso de uma em cima da outra) para evitar que muitos as usem e, assim, o público reduza o suprimento disponível para os funcionários mais importantes das áreas de saúde".

Já sobre o governador de NY, Hanson resumiu: "Em sua adesão à ciência, Cuomo recebeu um Emmy por suas entrevistas coletivas narcisistas e sua habilidade em transferir a culpa. O fato de ele ter sido rebaixado não por sua politicagem letal, mas por alegações em série de ser rude e abusado com funcionárias do sexo feminino sugere que suas abordagens não científicas da pandemia pouco preocupavam seus apoiadores 'científicos'".

A mesma esquerda que ignora todo um campo da ciência, a biologia, para afirmar a ideologia de gênero, quer agora bancar a porta-voz exclusiva da ciência. E a mídia, com seu escancarado viés esquerdista, embarca na mesma cruzada ideológica, sob o manto da ciência. Vejam essas chamadas em destaque no Estadão de hoje, e observem o grau abjeto de politização das reportagens:

Enquanto isso, no Globo, vemos um esforço para explicar o que parece pouco lógico segundo as narrativas dos próprios "isolacionistas":

Mas nada disso importa, pois agora todos são "especialistas" - ao menos aqueles que fazem coro com os "isolacionistas". É o caso de Gilmar Mendes.

Não, não se trata de um especialista, de um epidemiologista, sequer de um médico ou enfermeiro, mas de um ministro do STF! Vai ver é por isso fica soltando tanto bandido e arquivando tanto processo: o foco está em outro lugar.

O mantra tem que ser espalhar o pânico e pregar a "solução única". Eis como a Folha dá o destaque sobre a situação americana. O CDC também faz alertas e a diretora pede mais restrições, apesar de 100 milhões de vacinados!

Mas vejam agora o gráfico de óbitos, na média diária, no Texas, que abriu tudo e retirou todas as restrições, inclusive o uso de máscara:

Entrevistei o prefeito de Sorocaba no Jornal da Manhã hoje cedo e ele acabou se esquivando de responder a pergunta que fiz sobre se as barreiras sanitárias impostas por ele tinham algum respaldo científico. Minha colega reforçou a pergunta, mas ele novamente saiu pela tangente. Ciência?

No fundo, a politização nessa pandemia tem sido seu maior problema desde o começo. Isso simplesmente interditou o debate sério, maduro, focado em custos e benefícios, em medidas que levem em conta todas as dimensões da crise. O intuito é demonizar aqueles que ousam discordar das medidas drásticas e arbitrárias pregadas pelos "isolacionistas".

E vale notar que, no caso brasileiro, a pandemia é apenas mais um foco de ataque, ainda que o principal. Mas existem muitos outros, como podemos ver nesse tipo de narrativa que seduz a elite "progressista":

Já a realidade costuma ser bem diferente, como apontou Leandro Ruschel:

Aqueles que querem salvar nossas vidas, a democracia, o planeta, parecem ser os mais dispostos a ignorar qualquer limite ético e constitucional nesse processo. Tudo em nome da ciência, claro. Nem pense em acusá-los de defender uma ideologia centralizadora, estatizante, arrogante e coletivista, pois será logo rotulado de "negacionista", quiçá "genocida".

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