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Democracia em vertigem: as fantasias de uma filha de Marx com a Coca-Cola
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Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal

Pessoal, uma coisa é a Petra contar uma história de ficção para arrebatar o Oscar e algum dinheiro extra. Ele é feito para isso mesmo, inclusive na categoria “documentário”. Não esqueçam: filmes são como folhas de papel em branco, aceitam qualquer coisa.

Quanto mais convincente for um documentário para narrar uma mentira, mais ele merece o prêmio. Desse modo, já estou considerando o filme da Petra o candidato mais provável ao Oscar. Tenham certeza: se não ganhar, é resultado de mais uma conspiração do Tio Sam contra o povo latino-americano.

O que me incomoda de verdade é a esquerdalha da mídia sediada em Atlanta, Nova Iorque e Los Angeles tratar a Petra, não como uma documentarista, mas como uma cientista política, uma observadora isenta para falar do que se passa no Brasil.

Ora, quem vive aqui sabe que o Brasil de verdade passa longe do filme da Petra. Passa tão longe, que mesmo a gente sabendo que os documentários que concorrem ao Oscar, desde sempre, costumam ser meras narrativas carregadas de subjetivismo, estamos certos ao acharmos que ele está na categoria errada. Talvez concorrer ao Oscar de roteiro original não seria infundado.

Imagino que alguém bem informado e influente tenha soprado no ouvido da cineasta: “Como melhor filme estrangeiro, não passa. Tenta como documentário que talvez cole pelo apelo ideológico. Podemos conseguir o apoio do Oliver Stone, do Sean Penn, do Michael Moore, do Danny Glover e da Susan Sarandon. Talvez até da Meryl Streep.”

Se você quiser ver as miadas da Petra, as bananadas da Dilma e as vulgaridades do Lula & Companhia, recomendo que assista o filme, não uma, mas duas, três vezes ou quantas vezes você quiser para, ao final, regozijar-se que tudo aquilo faz parte apenas da fantasia de uma “filha de Marx com a Coca Cola”, e não da realidade que faz da nossa vida o que ela é.

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