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Estamos diante de um dilema profundo: não há solução mágica no isolamento forçado
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Em seu programa desta terça, Ben Shapiro trouxe reflexões angustiantes, porém necessárias. É conversa de adulto. Sem histeria ou oportunismo político. Há um claro trade-off por conta do vírus chinês, um dilema profundo para as autoridades. E dilema, como o nome diz, não permite solução fácil, trivial. É um caso típico de "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come".

A Dinamarca, por exemplo, escolheu o caminho da “imunidade de rebanho”, sempre muito arriscado. A ideia é deixar cada um seguir com suas vidas e desenvolver anticorpos para o coronavírus. A Inglaterra tinha optado pela mesma estratégia, mas já está recuando. Os demais países desenvolvidos optaram pelo confinamento da população, na esperança de que venha logo a vacina, enquanto a curva de disseminação se alonga.

Se no periodo de confinamento não construírem novos leitos, porém, todo sacrifício gigantesco pode ser em vão sem a vacina, que pode levar meses. Foi o ponto que fiz antes, e folgo em saber que estou em boa companhia. Não é hora de malandragem política pois a situação é muito delicada e incerta.

A questão que se impõe é esta: não é razoável esperar uma economia global parada por 3-6 meses! Todos enfiados em suas casas, fronteiras fechadas, negócios paralisados. Achata a curva de contágio hoje, mas ninguém sabe o dia de amanhã. Eis a verdade que alguns escondem...

Diante desse quadro, tem dois grupos batendo panela pelo impeachment de Bolsonaro, que certamente cometeu um grave erro ao menosprezar a dimensão do problema: os apavorados que precisam culpar alguém pelo quadro assustador (e não enxergam que a culpa está no Partido Comunista Chinês, que escondeu do mundo a gravidade da coisa e permitiu que virasse uma pandemia); e os oportunistas que enxergam no coronavírus um pretexto para fazer política, ou seja, derrubar um presidente que não suportam.

Tem um lado meu que adoraria ver a ala olavista do governo se dar mal. Conheço a vileza da turma, fui alvo dela. Mas muitos estão se deixando levar pelo ressentimento, a mesma paixão que move essa gente. Eu me preocupo com o Brasil, não com o ego. A vingança tem efeito bumerangue. E o país vai atravessar um desafio sem precedentes, que demanda união e bom senso.

Estamos vendo cidades como Milão e Porto desertas, isoladas, às moscas. Viraram cidades fantasmas. Alguém consegue imaginar isso no Rio de Janeiro, por exemplo, nas favelas cariocas? A população pobre não tem reservas, são muitos trabalhadores informais, que fazem "bico" para sobreviver. Será caótico, um misto de desastre econômico e na saúde. É tenso!

Isso mostra, uma vez mais, que a maior praga que existe é mesmo a pobreza, o estado natural da humanidade. Desastres naturais ou fabricados parecem inevitáveis, mas o grau do estrago depende muito das condições de vida da população. Metade do Brasil sequer tem saneamento básico!

Tem "jornalista" que foge do dilema pois vive numa bolha e acha que todos são Beautiful People, que podem fazer "home office". É uma escolha de Sofia! Não tem nada de trivial no isolamento forçado. Ganha tempo a um custo bizarro, sem qualquer garantia de resultado, pois um dia as pessoas terão de voltar a circular.

Os adultos sérios estão debatendo diante dessa encruzilhada, sem simplismo bobo. Outros preferem só atacar Bolsonaro, bater panela, como se isso fosse resolver alguma coisa.

PS: Percebi que parte da mídia já tenta criar intriga entre Mandetta e Bolsonaro, mas só quero lembrar que os elogios ao ministro da Saúde são elogios... ao presidente! Sei que os queridos "jornalistas" odeiam admitir isso, mas Paulo Guedes, Sergio Moro, Tarcísio de Freitas, Tereza Cristina, Rogério Marinho, todos têm um só chefe, aquele que os escolheu, sem divisão feudal entre partidos, e que lhes concedeu autonomia. O bom trabalho de Mandetta, queiram ou não assumir, é o bom trabalho do governo Bolsonaro, apesar do que diz ou fala o presidente - e fala muita bobagem mesmo!

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