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Marcha das Vadias, Sao Paulo. Brasil.
Marcha das Vadias, Sao Paulo. Brasil.| Foto: Oliver Korblihtt / Midia NINJA

Na última coluna, falei do ambientalismo hipócrita e disse que, tal como o feminismo, que pouco tem a ver com a mulher atualmente, a causa ambiental tem muito mais elo com o esquerdismo do que com o clima. Despertei alguma fúria, e aproveito a ocasião para desenvolver o raciocínio.

Sei que muitas pessoas se dizem feministas e acham que isso significa defender "direitos iguais" para homens e mulheres. Nada mais falso. O feminismo, em sua terceira e mais radical geração, virou mesmo um movimento de ódio aos homens, à família, ao livre mercado. E a hipocrisia salta aos olhos!

Basta pensar em Thatcher, por exemplo. Mulher forte, líder de uma grande nação por uma década, e detestada pelas feministas. Mas não era o "empoderamento" que importava? O problema é que Thatcher era conservadora. Pecado mortal.

Podemos pensar ainda na juíza federal Gabriela Hardt, que interrogou o criminoso Lula. Num trecho que se tornou viral na época, Lula tenta enquadrar a juíza, invertendo os papéis. A juíza era uma mulher independente, num cargo de respeito, determinando a prisão de um homem branco poderoso e milionário. Qualquer feminista adoraria encaixar esse caso em sua narrativa de "mulher empoderada".

Curiosamente, não vimos lideranças feministas fazendo isso. Assim como não vimos reação quando o ex-presidente desrespeitou suas companheiras de partido, aquelas de "grelo duro". O motivo? Lula é de esquerda, e o feminismo tem muito mais a ver com o esquerdismo do que com a mulher.

Quando a ex-mulher de Marcelo Freixo o acusou de agressão, tivemos o mesmo silêncio ensurdecedor por parte das feministas. Freixo é do PSOL. Imaginem se fosse com Bolsonaro! O foco é mesmo a mulher, ou a ideologia?

Por fim, há a questão da "igualdade salarial". É simplesmente mentira que a mulher ganha menos do que o homem para a mesma função e produtividade. O que se faz é comparar laranja com banana. A estatística é torturada até confessar o que a ideologia quer: a discrepância de salários na média é tratada como prova de preconceito machista. O feminismo virou a porta de entrada para o socialismo, que prega igualdade de resultados, não importa o mérito individual.

Artigo publicado originalmente no ZH

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