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Baixo crescimento e juros em alta
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O Banco Central divulgou hoje o índice de atividade econômica (IBC-Br) para o mês de junho. No mês, o IBC-Br cresceu 1,1% em relação a maio, na série com ajuste sazonal. Este resultado ficou ligeiramente abaixo das expectativas do mercado.

Na comparação ano contra ano, o indicador de junho avançou 2,4%. Os principais indicadores coincidentes para o mês já apontavam que o resultado de junho seria mais forte. A produção industrial subiu 1,9% na passagem de maio para junho, e as vendas no varejo (conceito amplo) tiveram variação positiva de 1,0% mês contra mês.

Com relação ao dado dessazonalizado, o indicador cresceu 0,9% no segundo trimestre do ano em comparação com o trimestre anterior. Isso representa uma desaceleração em relação ao crescimento do primeiro trimestre, quando o indicador apontou alta de 1,1%, na mesma base de comparação.

Segundo a MCM Consultores, outra maneira de observar este dado seria, a partir da média de cada trimestre da série original, dessazonalizarmos utilizando o mesmo método do PIB. Com isso, observa-se que o indicador cresceu 0,9% no segundo trimestre do ano em relação ao trimestre anterior, mesmo ritmo apresentado no primeiro trimestre do ano.

Em outras palavras, a economia brasileira ainda está patinando, sem sair muito do lugar. A taxa de crescimento é medíocre. O governo não tem sido capaz de estimular investimentos, e o modelo de consumo calcado em crédito já se esgotou.

Para agravar o quadro, a taxa de juros futura nos mercados tem subido bastante, com o aumento da tensão por parte dos investidores. O DI21 (taxa anual de juros esperada pelo mercado até 2021) abriu bem (vide gráfico abaixo), chegando a quase 12%. Isso coloca por terra a bandeira do governo Dilma de redução da taxa de juros para o patamar de um dígito. Essa meta não se mostrou sustentável, pelos próprios erros do governo.

Eis o resumo da ópera: temos uma economia que mal consegue crescer, enquanto a inflação continua elevada e a taxa de juros apresenta tendência de alta. Tudo indica, hoje, que os investimentos não virão com a magnitude necessária para garantir um crescimento maior sem gerar mais inflação. O governo, com seus constantes erros, produziu um cenário de estagflação no país, ou quase isso: estagnação econômica com alta inflação.

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