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Barbáries antidemocráticas. Ou: O silêncio e a covardia dos moderados
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Fonte: Folhapress

A barbarie toma conta das ruas do Brasil a cada dia, sob a vista de todos. Em São Paulo, um coronel foi covardemente agredido por marginais que se intitulam defensores da justiça. Até quando?

A presidente Dilma condenou o ato, que chamou de “barbáries antidemocráticas”, e citou diretamente os black blocs. Solidarizou-se também com a vítima, o coronel da PM Reynaldo Simões Rossei.

A ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário seguiu a presidente e também afirmou que essas agressões representam barbáries antidemocráticas.

É o mínimo que se espera das nossas lideranças, normalmente silenciosas demais quando as vítimas são os policiais, e não os “manifestantes”. Sabemos que a postura história do PT em particular e das esquerdas em geral tem sido de amenizar para o lado de grupos violentos ou mesmo criminosos que falam em nome da “justiça social”. É o caso do MST, entre outros.

O PT ajudou a criar esse monstro que, hoje, parece um tanto fora de controle. Há sinais claros de que partidos de esquerda estão por trás de alguns desses movimentos que têm trazido o caos para nossas ruas. Contam com o apoio de artistas e intelectuais da esquerda caviar. Alguns chegaram a se fantasiar de black bloc, outros gravaram vídeo condenando… a polícia nas ruas e defendendo os “presos políticos”.

Fazem jantares supostamente em homenagem a Amarildo, mas aposto que nenhum deles vai se coçar pelo coronel atingido e hospitalizado. A polícia, para essa turma, é “fascista”, enquanto os verdadeiros fascistas mascarados e armados são “jovens idealistas” que precisam “sonhar”.

Os idiotas úteis não são minha maior preocupação. Sempre existiram, em quantidade bem razoável abaixo da linha do Equador. O que realmente tira meu sono é o silêncio da maioria moderada. Nunca podemos esquecer do alerta atribuído a Burke: “Tudo que é preciso para o triunfo do mal é que os bons homens não façam nada”.

A maioria tende a ser mais moderada. Não obstante, isso não impediu os comunistas, os fascistas e os nazistas de chegaram ao poder em vários países. Tampouco impediu que a própria academia fosse tomada de radicais de esquerda. A conclusão de Roger Kimball em seu livro sobre essa destruição acadêmica nos Estados Unidos vem bem a calhar aqui:

A verdadeira crise nas humanidades hoje é causada pelo colapso de um centro genuinamente moderado diante da pressão ideológica de uma esquerda extrema. Nas últimas décadas, o que testemunhamos foi a ocupação do centro por um novo establishment acadêmico, o establishment dos radicais efetivados.

O que valeu para a degradação das artes liberais também vale para a política. A covardia ou negligência dos moderados é um convite para o avanço dos extremistas. As barbáries antidemocráticas precisam ser contidas urgentemente, sob o amplo apoio popular. Ou isso, ou o extremismo vencerá, para a infelicidade de todos os moderados.

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