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Venezuela cria Vice-Ministério da Felicidade. Que tristeza!
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O presidente do país, Nicolás Maduro, criou nesta sexta-feira o Vice-Ministério da Suprema Felicidade. A agência governamental foi criada com a ambiciosa intenção de viabilizá-la na prática.

O objetivo do Vice-Ministério da Suprema Felicidade é coordenar e aperfeiçoar os programas sociais criados durante o governo do falecido presidente Hugo Chávez com o objetivo de tirar a população da pobreza.

País rico em petróleo, a Venezuela vive atualmente uma escassez de itens básicos à sobrevivência. A inflação anual está próxima de 50% e o dólar no mercado negro custa quase sete vezes mais do que no câmbio oficial.

Aquilo que para muitos é apenas um direito de se buscar sem tanta interferência do governo, na Venezuela acaba de virar algo institucionalizado. Burocratas administrando a felicidade popular: mais um ato da ópera bufa que virou o país. É a distopia 1984 de Orwell cada vez mais perto.

Na verdade, a tendência não é exclusividade da Venezuela. Cada vez mais governos de esquerda querem falar de felicidade em vez de renda per capita e coisas do tipo, mais objetivas e calculáveis. O motivo é simples: como felicidade é algo bastante subjetivo, não há como mensurá-la de forma minimamente acurada. Logo, um país afundado na desgraça como a Venezuela poderá dizer que tem uma população mais “feliz” do que a Suíça!

Em Esquerda Caviar, falando sobre um dos ícones do fenômeno, comento:

No Butão, Cameron Diaz afirmou que adorara o fato de a riqueza do país não ser medida em dólares, mas em “Felicidade Interna Bruta” (FIB). O ditador do Butão criou o FIB, em lugar do tradicional PIB (Produto Interno Bruto), justamente porque felicidade é algo subjetivo, que não se avalia e estima como a produção de bens e serviços de uma nação.

Ou seja, o FIB serve para mascarar a miséria toda que Diaz achou o máximo. Ela amou o Butão. Mas volta para a Califórnia, e os butaneses não. Esses ficam lá, no “paraíso”, enquanto a atriz negocia de forma bem objetiva seu cachê no próximo filme, na casa dos US$ 20 milhões.

Os “pais fundadores” colocaram como um dos direitos inalienáveis de cada indivíduo a busca pela felicidade. Quão diferente é isso desses governantes que querem impor um modelo preconcebido de felicidade! Como o socialismo não consegue criar as bases mínimas de segurança, estabilidade e liberdade, para que o povo possa, de fato, buscar ser feliz, resta criar mais cargos públicos com tal finalidade. Ministério da felicidade? Que tristeza!

PS: E pensar que, para um venezuelano típico, a grande felicidade hoje já seria ter um simples papel higiênico para limpar a bunda…

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