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Lockdown, grife de “inteligentinho” e desobediência civil
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Cada vez mais gente vai se dando conta de que é preciso resistir aos arroubos autoritários de governantes encantados com o poder arbitrário de decretar o fechamento de tudo em nome da "ciência" e do "interesse coletivo".

Não é preciso negar o risco da pandemia para entender que nossas liberdades básicas estão em jogo, que esses experimentos sociais preparam o terreno para modelos totalitários em nome do "bem comum". No Ocidente não será tão fácil transformar tudo em província chinesa, como querem alguns "liberais".

O empreendedor bilionário Elon Musk tem liderado um movimento de resistência aos arbítrios das autoridades, e chegou a desafiar o governo californiano a prende-lo, afirmando que estaria no chão da fábrica da Tesla ao lado de funcionários que precisam trabalhar para sobreviver. Paulo Polzonoff comentou o caso na Gazeta, resgatando os exemplos de Thoreau e Martin Luther King de desobediência civil:

O tuíte de Elon Musk informando as autoridades californianas e o mundo todo que ele estava disposto a ser preso para ver sua fábrica funcionando novamente deu resultado. Afinal, a prisão de um bilionário carismático seria péssima para a imagem do estado.

Na América há grande apreço pelas liberdades individuais, arduamente conquistadas com muito derramamento de sangue. Não vão entregar de bandeja para políticos o controle absoluto de suas vidas. O fundador da Barstool Sports, Dave Portnoy, gravou um desabafo que viralizou nas redes sociais (no Brasil com minha humilde ajuda), em que alerta para a mudança de discurso, antes para "achatar a curva" e agora para "encontrar a cura", alertando que americanos tomam risco na vida:

A colunista do WSJ Mary O'Grady, especializada em Américas, alertou em sua coluna que o modelo de lockdown não pode simplesmente ser copiado em países mais pobres, e conclui de forma enfática que o Brasil precisa retomar o trabalho produtivo já:

Enquanto isso, no Brasil, nossa elite "progressista" insiste no slogan "fiquem em casa" e pregam isolamento radical sem qualquer preocupação com seus efeitos concretos, buscando monopolizar as intenções nobres em relação à vida. Luiz Felipe Pondé, em sua coluna de hoje, foi na jugular da turma:

Pedir lockdown aqui parece coisa de gente que está bem segura em casa, no sítio ou na praia, cercada de livros, wi-fi de qualidade, séries de TV, mesmo que sem sexo pois os frouxos estão saindo do armário: tem gente com medo de beijar de língua a própria mulher.

[...] Caros inteligentinhos, muitos brasileiros saem para rua porque suas casas são uma aglomeração maior do que a rua, saem porque, se não, morrem de fome. Saem porque não têm nenhuma razão para confiar nas suas autoridades nem na sua elite pensante. 

Se estamos diante de uma histeria coletiva ou não, talvez seja cedo para dizer. Mas uma coisa é certa: a liberdade individual vale muito, e para os liberais clássicos, vale inclusive o risco de morte. É por isso que nós não aceitamos de forma tão passiva argumentos coletivistas como este:

Por essa lógica, pode-se defender autoritarismo ditatorial enquanto existir vírus no mundo! Enquanto houver "externalidades negativas" teremos um regime de opressão estatal, sempre em prol da "comunidade". É muito pouco apreço pela liberdade individual, sob a desculpa do "interesse coletivo". Em nome da "saúde pública", não custa lembrar, já tivemos as maiores tiranias do planeta.

"Give me freedom or give me death", diz um antigo ditado libertário. Assusta ver no Brasil supostos liberais desprezarem por completo essa visão de mundo, aderindo docilmente, como ovelhas obedientes, aos mandos dos "especialistas", feitos em nome de uma pseudo-ciência arrogante.

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