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“Não há medida emergencial do Executivo”, diz ministro de Minas e Energia
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Os mercados derreteram no mundo todo. Ao coronavírus se somou a tensão entre Rússia e Arábia Saudita, que fez o preço do petróleo desabar cerca de 30%. As bolsas de valores acumulam perdas em torno de 10% em diversos países, e a Petrobras perdeu dezenas de bilhões de valor apenas hoje.

Diante desse cenário conjuntural de pânico, o presidente Jair Bolsonaro participa de um seminário em Miami voltado para mais parcerias comerciais e investimentos entre os dois países.

Num fórum com 300 empresários, que contou com as presenças do prefeito de Miami e o ex-governador e atual senador Rick Scott, Bolsonaro destacou o alinhamento ideológico dos dois governos, voltados para a defesa do capitalismo de livre mercado, assim como endossou a agenda de reformas do ministro Paulo Guedes.

O foco é mais estrutural, pois investidores com esse perfil olham para os próximos 15, 30 anos à frente. Mas claro que, na cabeça de todos, está o temor do coronavírus e das bolsas em queda livre.

Conversei com o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Costa Lima Leite, na saída de sua palestra no mesmo evento, e ele afirmou que o Executivo não tem nenhuma medida de emergência para essa situação, e que o presidente Bolsonaro, assim como o ministro Paulo Guedes, está tranquilo.

Não há muito o que pode ser feito, de fato, além de acelerar a agenda de reformas para fortalecer os fundamentos econômicos do Brasil nesse cenário internacional mais adverso. Qualquer medida de ingerência no preço dos produtos seria indevida. Muitos olham para o governo federal nesses momentos de pânico em busca de alguma "bala de prata", mas ela não existe.

Melhor ficar de fora mesmo, e tentar melhorar a saúde da nossa economia com reformas estruturais. Pânicos vêm e vão com frequência no setor financeiro, e quase sempre a hiperatividade estatal adiciona um ingrediente ainda mais azedo, em que pese o anseio dos apavorados de olho apenas no curtíssimo prazo...

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