• Carregando...
O “general” terrorista era pop? Não importa!
| Foto:

Não tem jeito. Tem uma turma que vai ser sempre contra Trump e contra uma postura mais firme com tiranos, mesmo quando a diplomacia mostra seus limites. É da sua natureza romântica, sonhar com diálogos em meio a um chá com biscoitos, capazes de solucionar todos os conflitos da humanidade. Se ao menos Trump mandasse uma mala de dinheiro para os aiatolás...

Os herdeiros intelectuais de Chamberlain vão sempre condenar a postura de Churchill, ao menos enquanto não ficar claro que a covardia inicial foi a responsável pela guerra, não a reação do estadista, que salvou a civilização do nazismo. Os "intelectuais" adoravam demonizar a "beligerância" do "cowboy imbecil" e ex-ator, mas foi Ronald Reagan, com sua política externa, que colocou o império soviético de joelhos.

A postura firme é arriscada? Sem dúvidas! Mas a covardia é garantia de desgraça. A "diplomacia" do suborno do governo Obama não tinha funcionado com o Irã, como previsto pelos conservadores. O terrorista Suleimani passou de todos os limites, cruzou todas as linhas demarcadas, e nada aconteceu. Isso é um convite para a ousadia!

Não obstante, a argumentação agora é a de que Trump "provocou" a fera. Como se a fera precisasse de provocação! Como se já não estivesse trabalhando dia e noite para espalhar o ódio e o terrorismo! Os "especialistas" usam o argumento de que uma multidão se uniu em torno do regime.

De fato, uma multidão de pessoas inundou as ruas de Teerã nesta segunda-feira, 6, para prestar homenagem ao "general" Qassim Suleimani, líder miliciano morto em um ataque dos Estados Unidos no Iraque. A multidão se reuniu na Universidade de Teerã, onde o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, dedicou orações ao "herói" iraniano.

Apoio popular, para começo de conversa, não muda o fato de que o tal general era um terrorista. Hitler também teve apoio popular, como tantos outros psicopatas na história. Por mais incrível que isso possa parecer, ideologias nefastas seduzem multidões com certa frequência. Comunismo, nazismo, fascismo e radicalismo islâmico não me deixam mentir.

Mas é preciso questionar também quanto do apoio é real e quanto é puro medo. Afinal, as ruas da Coreia do Norte também lotam em homenagens ao ditador Kim Jong-un. Num regime opressor como o iraniano, quem não demonstrar indignação com a morte do "general" será mal visto pelos demais, pode ser denunciado por um vizinho invejoso como inimigo da revolução, acabar preso.

Faz-se necessário separarmos as nações entre sociedades livres e sociedades do medo, onde não há liberdade de expressão e proteção das minorias ou dissidentes. Nestas últimas, um regime autoritário irá sempre controlar seu povo através da coerção, e o surgimento de bodes expiatórios externos cria a justificativa para o aumento da repressão interna. Os “inimigos” criados servem de escusa para todo tipo de abuso de poder doméstico. Uma sociedade do medo é, portanto, sempre mais belicosa e perigosa, pois sua manutenção deve-se ao uso de ameaças externas e controle interno.

“Uma sociedade é livre se seu povo tem o direito de expressar suas visões sem medo de ser preso ou sofrer mal físico”, resumiu Natan Sharansky em The case for democracy, ele que foi um judeu preso nos cárceres soviéticos por ser um dissidente do regime comunista. Onde não há liberdade, expressões populares nas ruas querem dizer pouca coisa.

Mas mesmo que aceitemos a premissa de que há, de fato, enorme apoio ao regime, e daí? Isso só prova a necessidade ainda maior de se defender dele, não é mesmo? Se Hitler contava com amplo apoio popular, isso era sinal de que o nazismo precisava ser levado mais a sério ainda como ameaça, o que derrubava as crenças ingênuas dos românticos pacifistas.

O mesmo com o Irã. O regime dos aiatolás quer a bomba atômica, e para realizar coisas terríveis. Pretende, por exemplo, "varrer Israel do mapa", e por isso Netanyahu já deixou claro que o país não vai permitir isso jamais. Encontra em Trump um aliado importante, que entende o que está em jogo. E daí a importância não só do ataque que eliminou o cérebro do terror iraniano, como dessa mensagem clara e objetiva:

É isso que precisa ficar cristalino como as águas de Fiji. O regime vai brincar de machão? Mesmo sabendo que há, agora, Trump do outro lado, e não mais "papai" Obama? Se pagar para ver, poderá ser o último ato da ditadura cruel, como alerta o presidente americano:

Acabou a "brincadeira". Chega de malas de dinheiro. Chegou a hora de os adultos entrarem em cena. É arriscado? Sempre é. Mas repito: muito pior é deixar o monstro avançar sem qualquer restrição ou freio. Quem já educou filho sabe disso. A repressão ao adolescente tem custo de curto prazo, gera transtorno, acaba com a paz no ambiente. Mas a alternativa é muito pior: deixar o adolescente "livre" para se transformar num mimado rebelde capaz das maiores atrocidades e insanidades. O Irã merece umas boas palmadas...

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]