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O que seria “justiça racial”, Barroso?
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O TSE, que sequer deveria existir, resolveu legislar: criou cotas raciais para os partidos! Como o nome já diz, um partido político é uma facção da sociedade, uma divisão artificial com base em algum critério, normalmente ideológico ou programático. Mas nada impede que seja outro. Temos, criados ou na fila, partidos de mulheres, de ambientalistas, de militares, de "operários" e por aí vai.

Não obstante, o TSE resolveu que todo partido deve forçosamente destinar 30% da verba para candidatos negros, como já fazia para mulheres. É no mínimo estranha tanta segregação objetiva na era da subjetividade, em que cada um pode se "considerar" mulher se assim se "sentir". Mas deixo essa incoerência "progressista" de lado por enquanto.

Só existem duas formas de definir um negro, ainda mais num país como o Brasil, mestiço, miscigenado, em que 40% da população se diz parda: ou é autodeclaração, ou é um tribunal racial julgando com base no fenótipo. Não há alternativa. Ou seja, cotas raciais fomentam o racismo que alegam combater!

Isso para não falar do incentivo à corrupção, como vimos nos "laranjais" criados para as candidaturas fictícias de mulheres. A verdade é que esses "justiceiros" têm uma visão preconcebida de justiça e desejam forçar na direção dos resultados que consideram mais adequados para uma sociedade "moderna". A liberdade individual não entra na equação.

Se mulheres ou negros estão mais afastados, em média, da política, isso só pode ser por um machismo e um racismo sistêmicos, ainda que ocultos, velados. A igualdade de resultados, porém, sempre é seletiva: nunca vi um movimento racial pedindo mais "pluralidade racial" nos times de basquete da NBA, por exemplo, tampouco movimentos feministas lutando por maior presença feminina em carvoarias, nos trabalhos de estivador ou na população carcerária!

Mas o que realmente chamou a atenção nesse absurdo todo foi a fala do ministro Barroso. Vale a pena ler com muito cuidado esse trecho:

“Justiça racial”?! O sujeito é ministro do STF, mas se vê como um legislador ungido, um ativista social. É bizarro! Já disse antes e repito que o Supremo Pavão Ativista é o mais perigoso ali. É o PSOL do Supremo. Prefere "lacrar" a proteger a Constitição...

E vamos só lembrar quem é Barroso quando o assunto é "justiça racial":

A explicação de Barroso para seu voto gerou forte repercussão negativa nas redes sociais, como não poderia deixar de ser. Qualquer pessoa decente, atenta à importância da divisão de poderes, teve calafrios com a mensagem de Barroso. Eis alguns exemplos:

Por coincidência, nesta terça foi publicado um extenso artigo na Gazeta do Povo sobre Thomas Sowell, o grande pensador liberal, com viés conservador, que leva os movimentos raciais ao desespero por rejeitar a vitimização com base na cor da pele. É um gigante que incomoda justamente porque tem "lugar de fala", ao contrário de Barroso, e ainda assim rejeita essa segregação maldita promovida pelos movimentos coletivistas de raça.

Sowell não se acha um "ungido" que veio trazer a luz para a humanidade cega e presa na barbárie, ao contrário do ministro que faz "live" com Felipe Neto para "iluminar" o debate. Sowell não acredita em "justiça racial", ao contrário de Barroso, mas sim em Justiça, em igualdade de todos perante as leis. O mundo precisa de mais gente como Sowell, e definitivamente de bem menos ativistas irresponsáveis e arrogantes como Barroso!

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