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Obama entra em campo: desespero?
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Não é de praxe um ex-presidente participar das eleições nos Estados Unidos. Por tradição, costuma-se manter certo distanciamento em respeito às instituições. Obama quebrou esse protocolo e mergulhou de cabeça na campanha do seu ex-vice Joe Biden, virando cabo eleitoral dele e pedindo votos.

É curioso observar o fenômeno por dois motivos ao menos. Em primeiro lugar, os democratas acusam Trump de representar uma ameaça à democracia e às instituições, mas em nome desse suposto perigo, são justamente os democratas que rasgam cada instituição e colocam em risco a democracia.

A tática é conhecida e perigosa: ao definir o adversário como um fascista, tudo se justifica para derrota-lo. É com base nessa “lógica” que movimentos violentos e criminosos como a Antifa tocam o terror com consciência limpa, já que o fazem em nome do combate ao fascismo, ainda que adotando os métodos fascistas.

Os democratas têm esgarçado o tecido social e enfraquecido as instituições republicanas em nome dessa cruzada “antifascista”. Aprovaram um impeachment, que deveria ser último recurso, sem qualquer fundamento; usaram o FBI para uma investigação persecutória sobre o suposto conluio com os russos com base num dossiê criado a pedido do próprio Comitê Democrata; falam em abolir o Colégio Eleitoral, criado pelos pais fundadores para impedir maior populismo e uma ditadura da maioria; e chegam ao ponto de propor o “empacotamento” da Suprema Corte, ou seja, aumentar a quantidade de juízes para diluir a atual maioria conservadora. Mas é Trump a ameaça?

Em segundo lugar, esse apelo de Obama denota algum desespero. Obama ficou quieto nas primárias democratas, sem dar apoio a Biden, que tinha sido seu vice-presidente. Alegava fazer isso em respeito ao processo de disputa. Mas agora abandona essa postura mais reservada? Se os democratas estivessem tão seguros de que as pesquisas, que mostram liderança folgada de Biden, fossem verdadeiras, talvez não precisassem destruir uma tradição dessas para colocar Obama em cena. Será que teremos mais uma surpresa como em 2016?

É difícil dizer, pois certamente a disputa está bastante acirrada. Trump perdeu o trunfo da economia com a pandemia, mas ganhou a defesa da lei e da ordem após a balbúrdia promovida por movimentos apoiados direta ou indiretamente pelos democratas. E o escândalo envolvendo o filho de Biden na Ucrânia pode desgastar o democrata, apesar da mídia fazer de tudo para abafa-lo.

É cedo para dizer, mas se tiver que colocar minhas fichas num cavalo, ainda fico com a reeleição de Trump. Os democratas se radicalizaram demais à esquerda e o povo percebe isso. Que vença, então, o republicano. Para o bem da América e do mundo!

Artigo originalmente publicado pelo ND+

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