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Quando não está limpando o chão na Austrália, Kim Paim costuma reunir reportagens da imprensa, mergulhar em declarações perdidas e decisões judiciais ignoradas para montar seus dossiês.

No último, Paim expôs ligações estranhas entre o doleiro da Lava Jata, Alberto Youssef, e o senador Alvaro Dias, do Podemos. Sim, o partido de Moro. E trouxe muito mais coisa à tona que suscita reflexões e deixa perguntas no ar sobre o projeto político do ex-juiz.

O quadro que surge não é dos melhores para a turma lavajatista. Tanto que o próprio presidente Bolsonaro recomendou que seus seguidores assistissem ao vídeo, com cerca de uma hora de duração. Qualquer pessoa isenta ficaria curiosa e cobraria explicações dos envolvidos. Não os "moretes".

Um dos "antas" chamou o trabalho de Paim de "blog sujo" e ainda mencionou um "bigode suspeito". É a velha tática de atirar no mensageiro para não ter de lidar com a mensagem. Sem bigode suspeito, mas com botox bem suspeito, o jornalista ainda afirmou que Bolsonaro mentiu sobre Deltan Dallagnol ter ligado para uma conversa sobre a PGR. Mas ocorre que é a palavra de um contra a do outro. Como, então, o jornalista sabe quem diz a verdade?

Eis o que está claro para todos já: os "antas", assim como a turminha tucana do MBL e seu companheiro raivoso, o roqueiro fracassado que quer ensinar como ser um capitalista bem sucedido, tratam Moro como um "deus", uma espécie de "mito". Comportam-se como gado, com devoção bovina ao líder. Ou seja, são aquilo que acusam os outros de ser.

Moro, por sua vez, segue dobrando a aposta como traidor. Não bastava detonar o ex-chefe que o colocou como ministro; agora ele resolveu atacar o ministro Paulo Guedes, quem apostou em sua indicação para o governo. Em entrevista à Jovem Pan, Moro disse que a inflação atual é prova do descontrole do governo, sem sequer mencionar a pandemia e o cenário mundial, com Estados Unidos e Europa batendo recordes de inflação. Moro aderiu ao estilo pipérnico de críticas, que ignoram o contexto para demonizar Bolsonaro - e Guedes de tabela.

Lançando mão de sua cartada única, Moro insistiu que dá para resolver os problemas da miséria como a Lava Jato fez com a corrupção, bastando vontade política. Esqueceu só de mencionar que praticamente todos os políticos presos já estão soltos, inclusive o mais famoso, que é seu adversário na disputa eleitoral. A julgar pelo resultado, o combate à corrupção não foi tão maravilhoso assim, ao menos não com esse Supremo. Mas Moro não tem muitas críticas aos ministros do STF; ao contrário: tem vários elogios...

Agora resta a Moro fazer live com Marco Antonio Villa, o professor Papagaio, mestre em decorar datas e xingar todos de nazista ou fascista. É um papelão para quem já foi, de fato, um herói nacional, admirado por todo brasileiro decente. Se continuar nessa toada, Moro vai acabar na live do Reinaldo Azevedo, ou quem sabe no Roda Viva!

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