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Pibinho decepciona, mas qualidade do crescimento foi melhor e é preciso olhar para frente
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Em 2019, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 1,1% frente a 2018, após altas de 1,3% em 2018 e 2017, e de retrações de 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016 (a herança maldita do PT). Houve altas na Agropecuária (1,3%), na Indústria (0,5%) e Serviços (1,3%). O PIB totalizou R$ 7,3 trilhões em 2019.

Conforme destacado pela Secretaria de Política Econômica do governo, é preciso observar também a melhor qualidade desse crescimento, ainda baixo e aquém das expectativas iniciais:

O aumento no consumo das famílias e do investimento, e acompanhado pela redução no consumo do governo reforçam a tendência de crescimento do PIB privado em substituição do setor público. Embora os números se situem um pouco abaixo dos valores revisados do PIB de 2017 e 2018, vale destacar as mudanças que estão ocorrendo na composição dos principais indicadores.

Ou seja, o governo vem agindo de forma anticíclica, reduzindo o crescimento dos gastos, o que é desejável e necessário. O PIB, assim, avançou pouco, mas com melhor qualidade, menos dependente de estímulos estatais, insustentáveis e artificiais.

A SPE explica:

O resultado indica uma redução da parcela setor público na economia. Enquanto em 2018, o investimento público cresceu acima de 9%, houve retração superior a 5% no ano passado, indicando que o PIB público caiu mais de 1%, contrapondo a expansão de 0,9% em 2018. Outros indicadores confirmam a consolidação fiscal.

O secretário Adolfo Sachsida, em entrevista ao Jornal da Manhã hoje, apontou para esse importante aspecto, que vem sendo ignorado em análises mais afoitas, reforçando a necessidade de seguirmos com a agenda virtuosa de reformas liberais para que o crescimento possa finalmente deslanchar:

Sachsida está certo. O crescimento ainda é muito baixo, mas com qualidade melhor, e o mais importante é olhar para frente. Para tanto será fundamental aprovar as reformas, o que joga a responsabilidade para o Congresso, e também para o Executivo. As polêmicas desnecessárias criadas por Bolsonaro não ajudam muito nesse sentido. O Brasil tem pressa!

Não adianta colocar humorista para dar bananas aos jornalistas; o importante é entregar os resultados. E tampouco adianta colocar a faca no pescoço do ministro Paulo Guedes, que alega ter 15 semanas para "salvar o Brasil". Bolsonaro precisa resistir à tentação populista de flertar com heterodoxias para estimular o PIB no curto prazo.

Guedes sabe o que precisa ser feito e, se isso acontecer, os resultados virão, de forma sólida e sustentável. É preciso dar tempo e autonomia ao ministro, mas também os instrumentos necessários para ele implementar sua política liberal. Ou seja, a aprovação das reformas no Congresso. O desafio, claro, é fazer isso com articulação, mas sem mensalão, e com um Parlamento dominado pelo centrão fisiológico e, muitas vezes, chantagista.

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