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Política não é para amadores
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Dizem que política não é para amadores. De fato, a julgar pelo que ocorre em Brasília, é preciso ser um especialista em cinismo para compreender tanta incoerência oportunista. Nenhum amador, cidadão decente, honesto e trabalhador, pode compreender tanta cara de pau de certos agentes políticos e demais autoridades, como aquelas do STF, por exemplo.

Senão, vejamos: o ministro Barroso disse que pretende “empurrar a história para fazer justiça racial”, ao votar pelo TSE cotas para negros nas verbas partidárias. Qualquer amador ficaria perplexo, com toda razão, e perguntaria: mas esse papel legislador não cabe ao Congresso? Quantos votos têm Barroso? Com base em qual direito ou Constituição ele se acha no poder de impor regras assim ou “empurrar a história”? Tal ativismo não é incompatível com a função de juiz? Perguntas que os malabaristas experientes de Brasília nem precisam responder, mas que nós, leigos e amadores, fazemos – sem respostas.

Não é só Barroso. Fachin queria Lula nas urnas, Gilmar Mendes considera a Lava Jato uma quadrilha, e tudo se encaminha para limpar a barra do ex-presidente corrupto. Essa semana já anularam uma decisão de Sergio Moro, preparando o terreno e a narrativa: o ex-juiz perseguiu opositores políticos, alegam na maior cara de pau. Mas e as condenações em segunda e terceira instâncias?, perguntaria o amador. Para gente tarimbada, isso nem faz questão.

Mas a democracia está ameaçada, dizem, e a ameaça vem de Bolsonaro. Quem vai nos proteger? Ora, esse Supremo, além do próprio Lula junto com Ciro Gomes talvez, o mesmo que elogiava o ditador fascista Getulio Vargas essa semana. E boa parte da imprensa, dominada por jornalistas simpatizantes da esquerda e que odeiam Bolsonaro, opta pelo silêncio conivente ou apoio cúmplice. É dose para um amador engolir tanto desaforo, não é mesmo?

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