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Quem passa pano para arbítrio do STF não é liberal
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O liberalismo sempre foi cético com o poder, e por isso buscou limitar o escopo do estado. A coisa que mais assusta um liberal verdadeiro é o arbítrio do poder, o uso da máquina de coerção estatal para perseguir adversários ou grupos políticos. E o poder não é exercido apenas pelo presidente, mas também pelo aparato todo, pelo "mecanismo".

No Brasil, está bem claro que é o Supremo Tribunal Federal que detém poder demasiado, e não para cumprir sua missão precípua de guardião da Constituição, mas sim para abrir inquérito ilegal, usar a mofada e autoritária Lei de Segurança Nacional quando interessar e combater "Fake News".

Confesso ao leitor: minha paciência com passadores de pano do ministro Alexandre de Moraes e do arbítrio persecutório do STF nesse estado policialesco chegou ao limite. Não tenho mais saco para ver "liberal" aplaudindo tanto absurdo só por ódio ao presidente ou ao "gabinete do ódio".

Alguns agem assim por ego ferido pois foram atacados por memes nas redes sociais, outros estão num jogo podre e nefasto de poder. Aos primeiros, só digo uma coisa: "get a shrink"! Deixar o ego machucado falar mais alto do que os interesses nacionais e a própria liberdade é prova de mesquinhez. Aos últimos, eu digo: nos vemos nas urnas! Serão certamente cobrados por essa postura oportunista.

O novo debate é sobre o presidente ir ou não depor na Polícia Federal. Novamente, os "liberais" fecham os olhos e passam pano para o arbítrio, pois querem ver Bolsonaro de ferrar. Ignoram aquilo que a deputada Janaina Paschoal aponta corretamente:

Comentei sobre isso também no Jornal da Manhã de hoje:

O editorial da Gazeta do Povo hoje fala dos riscos de abuso de poder pelo Supremo, e acerta quando diz:

"Ainda que as investigações se baseiem em dispositivos previstos no ordenamento jurídico brasileiro, é necessário questionar se não estaríamos diante de um precedente perigoso para a própria vida política nacional, ainda que em alegada defesa da democracia e do Estado Democrático de Direito. No caso do inquérito em tela, os procuradores baseiam as investigações na chamada Lei de Segurança Nacional (LSN). O dispositivo, herança do regime militar, foi constantemente criticado por vários juristas como entulho autoritário, que poderia abrir precedentes perigosos para perseguição política."

[...] "Há expressões que, sim, são abusivas. Mas não é difícil identificá-las. A injúria, pura e simples (xingamentos aos ministros), a incitação à derrubada do STF ou ao golpe militar, etc… Surpreende, portanto, que manifestações de parlamentares, que não se encaixam neste quadrante, sendo totalmente legais, ainda que reprováveis moral ou politicamente, estejam sendo alvo de inquérito."

[...] "A democracia não pode ser um pacto suicida, mas tampouco deve ser utilizada como instrumento de tirania de alguns, contra quem quer que seja."

Está cada vez mais claro que vivemos uma espécie de "ditadura do Judiciário", e todo liberal tem a obrigação de condenar isso. Aqueles que colocam o ódio a Bolsonaro acima desse princípio não são liberais nem aqui, nem na China!

Por fim, só uma coisinha: já ataquei tudo que é lado ou perfil, do PT ao olavismo. Posso garantir: não conheço "gabinete do ódio" mais organizado, podre e indecente do que esse dos "radicais de centro", dos supostos "liberais".

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