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Luccas Neto (à esquerda) e o irmão Felipe Neto
Luccas Neto (à esquerda) e o irmão Felipe Neto| Foto: Reprodução

Um dos fenômenos mais abordados aqui nesse blog é o abismo crescente entre a elite cosmopolita em sua bolha "progressista" e o povo lá fora. Corolário desse fenômeno é a vitória de Trump nos EUA, de Bolsonaro no Brasil e do Brexit no Reino Unido. Mas a esquerda secular se recusa a refletir sobre as causas: prefere demonizar o povo "fascista" e "obscurantista".

Não há ilustração melhor disso do que a escolha de Felipe Neto como interlocutor sério da esquerda. Primeiro ele foi convidado para o Roda Viva, numa entrevista patética comandada por Vera Magalhães. Depois ele publicou um vídeo atacando Bolsonaro no NYT. Em seguida, combinou uma "live" sobre Fake News com o ministro Barroso, do STF.

Claro que tanta exposição e um esforço homérico do establishment de transformar um YouTuber boboca numa referência política produziriam reação. O rapaz foi desmascarado por completo, e bastam buscas rápidas no Google para encontrar todo lixo produzido por ele. Como a elite esquerdista pode ter pensado que algo assim não aconteceria?

Resultado: a hashtag #TodosContraFelipeNeto atingiu o topo de tendência no Twitter, com dezenas de milhares de pessoas comentando sobre o assunto.

Vídeos foram resgatados com um Neto deslumbrado com um camarote VIP que lhe custou vinte mil dólares, imagem contrastada com seu discurso politicamente correto durante entrevista recente.

Mas como a patota do selo azul vive em sua bolha, não consegue sequer absorver o golpe, constatar que o povo não acha lindo ou fofo o rapaz que fez fama e fortuna repetindo bobagens para crianças. Eis a reação de Luciano Huck, por exemplo:

"Voz corajosa"? Quem tenta calar adversários é o próprio Felipe Neto! Quem vibrou com censura foi o YouTuber. Será que Huck deixa seus filhos assistirem as baixarias do rapaz na internet? Quem nasce para lagartixa nunca chega a jacaré mesmo...

Mas a turma não desiste, claro. Ontem, no Roda Viva, o rapper Emicida foi o entrevistado. Não vi, claro, mas uma conhecida sim, e comentou: “O Roda Viva, da Madame ‘fina, elegante e sincera’, entrevistou o rapper Emicida. Enquanto prega socialismo para os favelados, e posa de oprimido, Emicida usufrui do capital e de suas benesses como qualquer bom esquerdista. O homem é um clichê sobre duas pernas: 'me dá pra que eu não tenha que roubar'; 'Sabe o que é crime? Um prato sem comida'".

Para um jantar gourmet da elite culpada, isso é um prato cheio. Mas o povo fora da bolha enxerga a hipocrisia da esquerda caviar. E nas redes sociais a patota é ridicularizada. Por isso eles não descansam e não vão parar enquanto não calarem as redes sociais, justamente para preservar o status quo, ameaçado com a liberdade da internet:

Que saudades dos tempos de hegemonia esquerdista na mídia, não é mesmo? Não havia essa gente chata, fascista, obscurantista, para ficar expondo a canalhice desses ícones "progressistas"...

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