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Síndrome de desequilibrio
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Existe uma turma bem fanática que defende incondicionalmente o presidente, chamado de “mito”. Mas igualmente perturbador é a turma do contra, que alimenta uma paixão de mesma intensidade, só que com sinal trocado.

Nos Estados Unidos o presidente Trump despertou fenômeno similar, e passaram a tratar como “síndrome de desequilíbrio” a postura de quem só consegue enxergar aspectos terríveis no governo. Ocorre o mesmo tipo de patologia no Brasil com Bolsonaro.

Existe um pessoal incapaz de reconhecer qualquer mérito no governo ou no presidente, mesmo com mais de um ano e meio de gestão sem qualquer escândalo de corrupção, com quadros excelentes nos ministérios, com uma agenda virtuosa de reformas.

Não é perfeito, claro, longe disso. Há o afastamento de certas bandeiras vencedoras nas urnas, em parte pela necessidade de se aproximar e articular com um Congresso que, mal ou bem, foi eleito. Contemporizar é do jogo político, afinal de contas, e os mesmos que condenavam Bolsonaro por falta de diálogo, agora criticam sua aliança com o “centrão”.

Na pandemia, o presidente adotou conduta que merece críticas, em que pese seu acerto em lutar pelo aspecto econômico e contra o excesso de histeria. Mas o que dizer de governadores que se mostraram extremamente demagogos e oportunistas? O que falar dos corruptos, que viram na crise uma chance de ouro para desvios, já parindo o tal “covidão”?

Não obstante, o alvo é sempre e só Bolsonaro, o “demônio” em pessoa, alguém pior até do que o vírus chinês, segundo a patota do “ódio do bem”. E não pensem que essa distorção vem só da extrema esquerda. Os “liberais” e grandes veículos de comunicação aderiram à tática pérfida.

O editorial do Estadão desta sexta atacou: “Desafortunadamente, o País é presidido por alguém inepto como Jair Bolsonaro no momento em que enfrenta a mais mortal crise sanitária em mais de um século. Uma tragédia dentro da tragédia”. E concluiu: “À Nação só resta refletir, amadurecer e evoluir no processo de escolha de seus líderes. É este o curso natural da democracia”.

No mesmo dia era divulgada uma pesquisa do Instituto Paraná que mostrava Bolsonaro liderando com folga em todos os cenários da eleição para 2022. Sergio Moro, ao que parece, não é mais tão popular assim. "Mesmo em meio a uma tempestade política e à frente de um país dividido, o candidato à reeleição segue firme, forte e inabalável", dizia uma reportagem da Veja.

Não é preciso ser um daqueles seguidores fanáticos para defender Bolsonaro de tanto ataque maldoso. Basta ser patriota, ter apreço pelas nossas instituições democráticas, e perceber o jogo sujo do establishment, incapaz de admitir a derrota nas urnas. Que tratem da patologia num divã, pois o Brasil tem pressa e quer avançar.

Artigo originalmente publicado pelo ND+

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