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SP começa reabertura comercial: como fica narrativa dos radicais de centro?
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A Prefeitura de São Paulo decidiu reabrir com restrições o comércio de rua e as imobiliárias a partir desta quarta-feira . As lojas vão funcionar das onze da manhã às três da tarde; as imobiliárias podem ter expediente de quatro horas por dia, desde que fora do horário de pico dos transportes.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas ressalta que, por mais que a transmissão esteja controlada na capital, a cidade ainda está em quarentena. Ele também explicou que conta com a população para a fiscalização do comércio.

O Brasil segue apresentando números altos de contaminação e mortes por covid-19. São Paulo é o estado com mais casos, não só pela densidade populacional, mas possivelmente pelo carnaval que lotou as ruas do estado de gente quando já havia casos registrados da doença.

O governador João Doria se comprometeu demais com o discurso isolacionista, sempre em nome da ciência, em que pese a falta de transparência dos estudos científicos que embasaram as tomadas de decisão. O governador queria oferecer um contraponto ao presidente, um "negacionista" que destacava a importância da retomada das atividades econômicas.

Por conta disso, e da "gripezinha" que Bolsonaro usou para desmerecer a pandemia no começo, muitos passaram a acusa-lo de genocida, sociopata e obscurantista que vira as costas para a ciência. O presidente foi sem máscara numa padaria? "Assassino!", gritavam os mesmos que, agora, enaltecem as manifestações contra o governo, formando (pequena) aglomeração nas ruas.

O governador e o prefeito tucanos serão cúmplices de Bolsonaro nas mortes a partir de hoje? Serão acusados de genocidas e sociopatas pelos radicais de centro? Ou estes vão escancarar de vez o duplo padrão, o oportunismo e o uso abjeto da pandemia para fins políticos em seu jogo de poder?

As perguntas são retóricas. Sabemos as respostas. A turma é seletiva demais na indignação e no tom dos ataques e críticas. Se, como diz o próprio responsável pelo comitê de combate ao coronavírus em SP, nenhuma morte se deu por falta de leito, e sendo o isolamento uma estratégia apenas para achatar a curva e ganhar tempo, impedindo a implosão do sistema de saúde, então como colocar na conta do presidente as mortes até aqui? Não importa. Não é preciso ter qualquer lógica nos ataques.

O lance é pintar Bolsonaro como um sociopata insensível, e se governadores adotarem finalmente a mesma linha (inevitável, já que o isolamento não era visto como cura do vírus), a tática é mudar de assunto, fazer vista grossa, fingir que nada aconteceu. Mas as máscaras caíram...

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