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Trans: de transtorno psiquiátrico à banalização do sexo biológico
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Vivemos em tempos muito loucos, que mais parecem um conto de Edgar Allan Poe. Os doidos assumiram o controle do hospício e os médicos foram trancados em jaulas. Aquilo que era o óbvio ululante ontem virou coisa de ultraconservador obscurantista hoje. O mundo precisa resgatar a razão e, acima de tudo, o bom senso.

Se alguém dissesse que se enxerga como mulher, tendo toda a biologia masculina, as gerações passadas saberiam estar diante de uma pessoa com algum transtorno psiquiátrico, uma "disforia de gênero", que demanda tratamento e acompanhamento terapêutico, da mesma forma que a anorexia, quando a pessoa se vê gorda estando raquítica.

É uma negação de uma realidade, do estado natural das coisas. Não precisa levar a tratamentos radicais para a "conversão", com eletrochoques e coisas do tipo. Mas saímos de um extremo a outro. Hoje, os "progressistas" querem anular a realidade, matar a ciência (biologia), e afirmar o subjetivismo exacerbado: cada um é aquilo que pensa ser, que "deseja", e ponto final.

Essa maluquice tem levado a coisas bem bizarras, como a invasão de homens que se dizem mulheres nos esportes femininos, o que vai acabar destruindo a categoria. O South Park já ridicularizou a coisa, pois o escárnio acaba sendo a última arma diante da loucura geral.

Por trás da postura esquerdista há uma mentalidade que confunde sinalização de virtude com genuína empatia. Quem tem empatia pelo próximo se solidariza com a dor de um transtorno sério desses, e entende que a pessoa em questão precisa de acompanhamento. A esquerda, porém, no universo da pura estética, acha que o problema é só o "preconceito" da sociedade, o "estigma" da condição, e se as palavras mudarem, tudo mais mudará junto - inclusive a realidade.

Da tolerância e aceitação, então, chegamos à afirmação e ao enaltecimento. Não é mais aceitável simplesmente respeitar, como ser humano, quem sofre de tal transtorno; é preciso negar a existência do transtorno, impedir que se fale nele, e banalizar o sexo biológico, repetir que nada disso importa, que é "lindo" uma menina "presa" num corpo de menino.

Os pré-candidatos democratas chegaram a vibrar de emoção com uma dessas "meninas" trans, num debate promovido pela CNN. "Ela" tinha apenas 9 anos, e sua mãe estava bem ao seu lado quando "ela" perguntou sobre políticas públicas para combater o preconceito nas escolas. "Que coragem!", repetiram os democratas. Já as pessoas com sanidade mental olhavam revoltados para a postura covarde da mãe, ao explorar dessa forma uma criança confusa.

E eis o ponto: com base numa pesquisa totalmente falha, que fez uma enquete com uma amostra enviesada de pessoas trans que se submeteram a tratamento e seguiram trans (claro que esses não terão boas coisas a dizer sobre o tratamento), a American Medical Association (AMA) quer banir, em todo o país, qualquer menção por parte do psiquiatra ao sexo biológico, mesmo de pacientes crianças!

Funcionaria assim: a criança de 5 anos chega ao médico com questões de gênero, angústia, ansiedade. É um menino, digamos, que se "sente" menina. O médico não poderia mais dizer algo assim: "Veja, você está confuso, angustiado, e precisamos dar um tempo, acompanhar, ver como tudo isso vai se desenrolar. Estaremos lidando com sua frustração, com paciência, para ver como isso vai ficar". Vetado! Como assim, o médico ousa não afirmar que se trata de uma menina mesmo?! Não está vendo o que "ela" quer?!

Só tem um probleminha: estima-se que algo como 80% daqueles que passam por fases de "confusão de gênero" superam a condição depois. Mas a esquerda maluca quer a imposição da fantasia sobre a realidade, e se na mais tenra idade o sujeito "sentir" que é do sexo oposto, talvez porque gosta mais do brinquedo da irmã mais velha, então os médicos devem se calar e o tratamento hormonal e de mudança de sexo deve começar já, de preferência com recursos públicos por meio do estado. Loucura total!

Mas não é paranoia, projeção exagerada, ataque desproporcional na guerra cultural em curso: já é a realidade! Já é o que, de fato, muitos "progressistas" pregam abertamente, acusando de preconceituosos tacanhos aqueles que se negam a celebrar doenças mentais! Eles pensam que se importam mais com essas pessoas só porque afetam a virtude da "tolerância", sendo que pessoas doentes precisam de ajuda concreta, não de tapinha nas costas e palavras de efeito que negam a realidade e rejeitam qualquer norma.

O G1 publicou uma reportagem, com base em matéria da BBC, não sem antes destacar que são "raros" os casos de arrependimento, de mulheres que estão revertendo a transição de gênero. São histórias muito tristes. Imagina a pessoa se submeter a cirurgias e tratamentos hormonais, ou então mutilação genital no caso masculino, só para depois descobrir que a biologia importa, que estava confusa?! Eis um caso:

"Foi um erro. Como eu volto a ser a Debbie que eu era?" Debbie nasceu menina e viveu a maior parte de sua vida dessa maneira. Mas quase duas décadas atrás, aos 44 anos, ela procurou ajuda para fazer a transição de uma mulher para um homem. Debbie passou por uma transição cirúrgica completa, que incluiu a realização de uma cirurgia em que um pênis foi construído a partir da pele do antebraço. Ela mudou seu nome para Lee e passou 17 anos tomando testosterona — hormônio que pode levar a mudanças como mais pelos faciais e mais desenvolvimento muscular. Ela acreditava que a transição permitiria que ela "fosse aceita no mundo". Mas agora, com 61 anos, ela está voltando ao gênero que foi designado no nascimento.

Alguém fica surpreso com a taxa elevada de suicídio em grupos que sofrem de transtorno de gênero?! E acham mesmo que basta "aceitação social" para mudar isso? Não entendem que a postura "progressista" é parte do problema, não da solução? E por que ignoram a influência da ideologia sobre a biologia? Por que acham que a quantidade de trans aumentou tanto? Diz a reportagem:

O número de pessoas que questionam abertamente sua identidade de gênero aumentou rapidamente e a demanda por serviços especializados em identidade de gênero no serviço público de saúde britânico está no nível mais alto de todos os tempos.

Por que será? Há alguma mudança na água que tem produzido mais gente trans?! Ou será que o "progressismo" está induzindo maior confusão sexual, que a ideologia de gênero está afetando vidas, estimulando a crença de que qualquer dúvida ou angústia sexual já é prova de que você veio ao mundo no "sexo errado"?

Estão brincando com vidas concretas, tudo em nome de uma abstração ideológica. Os esquerdistas amam a Humanidade, a Minoria, mas não parecem se importar tanto com o próximo, com o indivíduo de carne e osso. Eles são contra qualquer "preconceito" (menos contra conservadores religiosos, esses idiotas reacionários fascistas que merecem morrer), e por isso perderam toda capacidade de demonstrar empatia, muito menos bom senso.

E, em ato máximo de cinismo, ainda falam em nome da ciência, como se a direita fosse obscurantista, enquanto anulam a biologia e milênios de cultura em nome de sua ideologia. Até quando vamos abaixar a cabeça diante de loucos que rotulam as pessoas normais de doentes ou preconceituosas insensíveis?

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