O governo do estado de São Paulo confirmou a empresa Equatorial Participações e Investimentos como a única a apresentar proposta para ser acionista de referência na privatização da Sabesp. A informação foi confirmada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em uma entrevista coletiva pela internet nesta sexta-feira (28) - o governador está em Londres cumprindo agenda de encontros com potenciais investidores.
Cabe ao acionista de referência no processo adquirir um determinado percentual da empresa – no caso da privatização da Sabesp, esse percentual é de 15%. Para completar esta etapa, a proposta feita pela Equatorial foi de R$ 6,9 bilhões.
Tarcísio destacou que todas as etapas previstas no projeto de desestatização estão sendo cumpridos dentro do prazo. “Estamos caminhando dentro do cronograma, e o que foi anunciado que ia acontecer, está acontecendo. Todas as etapas estão sendo cumpridas, desde a contratação dos estudos, a aprovação na Assembleia Legislativa [do Estado de São Paulo] e o amplo debate que foi feito com os municípios e a sociedade”, avaliou.
Apesar de proposta única, governador se mostrou satisfeito com o resultado
O prazo para manifestação de interesse de outras empresas acabou na última quarta-feira (26). A participação de outras empresas era esperada, mas não houve outras propostas além da apresentada pela Equatorial. Votorantim, Veolia, Cosan, J&F e Aegea faziam parte da lista de interessados, o que não se confirmou.
O governador se disse satisfeito com o andamento da desestatização da Sabesp, mesmo com apenas uma proposta apresentada. Para Tarcísio, desistências como as que houve durante o processo são consideradas normais.
“Nós buscávamos um investidor comprometido com a universalização, para levar saneamento a quem não tem. Um grande investimento vai ser feito a partir de agora, e a nossa esperança é com isso transformar a Sabesp em uma grande plataforma de saneamento para levar água potável e esgoto tratado a quem hoje não tem”, disse.
A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, reforçou que a apresentação de apenas uma proposta não significa falta de concorrência, uma vez que o processo de desestatização da Sabesp não é um leilão. Segundo ela, a previsão é que ao final do processo o valor da negociação supere o que foi previsto no orçamento do estado.
“Não é falta de concorrência, é uma aderência ao que a gente vem colocando desde o início. Esta questão orçamentária vai ser ultrapassada em relação ao que a gente previu em relação ao orçamento. Estes 15% representam R$ 6,9 bilhões. Isso é só dos 15%. Se a gente olhar como um todo, vamos superar o que estava na peça orçamentária. Está tudo dentro do esperado, e por isso nós estamos satisfeitos com o processo como um todo”, complementou.
Procurada pela reportagem, a Cosan disse que não vai comentar sobre o tema. O grupo Equatorial disse, em nota, que não comenta sobre possibilidades específicas de negócios ou aquisições. J&F, Veolia, Votorantim e Aegea não responderam à reportagem.
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